sábado, 12 de fevereiro de 2011

IRMÃOS CORAGEM - CAPÍTULO 14

    CAPÍTULO 14

     No rancho humilde da família Coragem, Jerônimo e Potira estavam almoçando. Sinhana acabara de colocar os pratos sobre a mesa e sentava-se também para acompanhar os filhos. De repente a porta da frente se abriu e Duda e Ritinha deram um passo em direção á sala. As atenções se concentraram no casal. Jerônimo, surpreso, não tirava os olhos dos dois.
     Duda quebrou o silencio repentino.
     -Entra, Ritinha, esta casa agora é sua.
     Ritinha entrou, quase chorando.
     -Vem, não se acanhe não. – E virando-se para os presentes: - O pai dela expulsou a pobre de casa.
     Enquanto o jovem entrava em seus aposentos, no interior da casa, Jerônimo fez a pergunta:
     -Que foi que andou fazendo com você, Rita?
     -Ninguém fez nada, gente. Não houve nada. A gente brincou sem mal. Se jogou na água. A gente... só se beijou... sem mal. Será que ninguém acredita nisso?
     Sinhana ponderou:
     -É. O mal todo é esse, menina. É que ninguém vai acreditar.
     -E agora como vai ser? – quis saber Jerônimo.
     Duda voltara do quarto após tomar banho.
     -Já sei, vocês também estão pensando coisas horríveis a nosso respeito.
     Jerônimo segurou o irmão pelos ombros. Mãos firmes.
     -A realidade é esta, mano: mesmo que não tenha acontecido nada... você vai ter que casar com ela.
     Duda teve um choque ao ouvir as palavras do irmão.
     -O que!? Ca... casar... com... com ela. Mas... isto é um disparate!
     Sinhana entrou na conversa. Incisiva.
     -Vai ter, Duda. Honra de moça é um negócio muito sério. Compreenda, filho. Não é problema se você errou ou não errou. O problema é ela ficar falada, desmoralizada.
     -Vai ter que casar, Duda. Num tem pra onde.


     No centro da cidade vários homens se divertiam vendo o cavaleiro puxar uma moça enlaçada pela cintura. Descalça, sapatos atirados no meio da rua, a jovem vestida de chita, gritava e esbravejava.
     -Desgraçado! Patife! Me solta!
     O cavaleiro, objeto da fúria da moça, respondia aos insultos.
     -Devolve o dinheiro. Devolve, vagabunda. Ou vai ter de sambar na corda aqui pra gente ver.
     Alguém perguntou – “Quem é ela?”
     -Uma ladra. Roubou dinheiro da venda do Peixoto.
     O grupo havia se afastado, dispersando-se. A jovem permanecera sozinha. Calçava os sapatos de fivela e ajeitava os cabelos revoltos. Uma voz surpreendeu o seu silencio.
     -Será que estou ficando doido ou você não é a moça que roubou meu cavalo?
     -Epa... lá vem mais um. Será que nesta cidade todo mundo é gira?
     João coragem insistiu.
     -Nós dois...quero dizer... a gente já não se viu,  não?
     -Nunca vi sua cara. Você viu a minha? Agora sou também ladra de cavalos. Olha aqui, nunca vi seu cavalo, e muito menos você, bonitão. Mas se quer que a gente se conheça melhor, não me custa nada. É só dizer... “me ajude”.
     -Olha, juro que rezei pra te encontrar de novo.
     -Onde foi que você me viu? Eu não me lembro.
     -Por quê ta fingindo? Eu te socorri, te cuidei...
     -Está brincando...se é desculpa pra gente entrar num entendimento, tá perdendo seu tempo.
     -Não... não é isso... eu precisava te ver de novo.
     Uma voz chamou o rapaz. Era o Promotor Rodrigo César. João esqueceu por uns instantes a presença da moça.
     -Sei que esteve em minha casa. – Virando-se á procura da jovem misteriosa. – Aquela moça...cadê ela?
     Mais uma vez a mulher desaparecera sem explicação.


     Do interior da casa, Potira e Sinhana ouviram o galope do cavalo. Chegaram á porta do rancho. O cavaleiro era Lourenço, capataz de Pedro Barros.
     -O moço Duda ta aí?
     -Tá não. O que qué dele?
     -Recado do meu patrão. Ele que se prepare pra casar com a filha do Dr. Maciel, ainda hoje.
     -Meu filho não precisa ser obrigado. Se é o certo, ele casa. Se não é, ninguém obriga.
     -Certo ou não, ele vai casá. É uma ordem. Coroado em peso está esperando. E vai ser hoje. Na igreja do padre Bento.
     Lourenço deu a volta ao cavalo e saiu em disparada.

 FIM DO CAPÍTULO 14
João (Tarcisio Meira) e Maria de Lara (Gloria Menezes)

NÃO PERCA O CAPÍTULO 15 DE IRMÃOS CORAGEM
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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

IRMÃOS CORAGEM - CAPÍTULO 13

CAPÍTULO 13

  
     Duda procurava as malas e algumas roupas trazidas do Rio, para a estada no rancho da família. Entrou no quarto dos irmãos. Deparou com Ritinha, sentada ao fundo, dobrando algumas peças do seu vestuário.
     -Oi... você está aí?
     -Tava te esperando, Duda.
     -Pra que tava me esperando?
     -Pra te dizer o quanto lamento tudo o que está acontecendo com a gente. E pra lhe dizer também... que não quero te forçar a nada. Não quero que se case comigo obrigado. Mesmo porque não tem graça, não é? Você se casar sem gostar.
     Eduardo se sentou na cama e forçou a moça a fazer o mesmo.
     -Não. Não é esse o problema, Ritinha. O caso... é que não tenho condições de me casar nem com você... nem com ninguém. A minha vida é dura... é dura, viu? Uma vida sem parada. Hoje eu estou aqui, amanhã posso estar em São Paulo, Recife. Não é vida que a gente possa se dedicar a uma mulher. Não é a vida que mulher nenhuma deseje ter.
     Rita abraçou Eduardo, com ternura.
     -Duda. Se fosse só isso... eu te digo: estou disposta a enfrentar qualquer coisa. Disposta a me sacrificar por você, a passar a vida esperando por você... mas eu quero ser sua mulher. Mas o caso, Duda, eu sei... é que você não gosta de mim.
     -Gostar, eu gosto, mas não é como você merece, Rita.
     Rita de Cássia sentia que o sonho de sua vida poderia transformar-se em realidade. Bastava um pouco mais de estímulo para que tudo pudesse dar certo.
     -Se gosta um pouquinho, Duda, case comigo. Me leve com você... Eu não quero forçar, é claro. Mas gostaria tanto de partir com você. Desejo tanto ser sua mulher.
     As feições de Eduardo traduziam o conflito que lhe ia nalma.
     -Eu sinto... mas não dá pé, Ritinha. Não tem jeito não.
     Saiu apressadamente, com a mala segura pela mão. A velha Sinhana interveio, surgindo do fundo da casa.
     -Onde vai?
     -Embora pro Rio, mãe. Aluguei um táxi que vai me levar de volta amanhã cedo.
     -Teu pai quer te dizer duas palavras.
     -O que é, mãe?
     -Isso que você vai fazer, filho, não é próprio de gente de bem.
     -Eu não quero ouvir mais nada.
     -Vem. O pai te espera.


     Já próximo á choupana de Braz Canoeiro, João e a desconhecida beijaram-se ardentemente sobre a cela do cavalo. A moça saltou, lépida e, correndo pela margem do riacho, arrancou uma planta, atirando-a ao rosto do rapaz. Ele, perseguindo-a, conseguiu alcançá-la e, derrubando-a. a abraçou.
     -Sabe, moça, nunca vi ninguém como você.
     -Nunca viu mulher?
     -Mulher, já. Não do seu jeito.
     -E o que é que tem meu jeito?
     -Ocê tem cara de santa, mas... parece um demônio. Um demônio de tentação... de fogo...
     O apelo era forte demais. Os braços de João Coragem envolviam o delicado corpo da moça. Seus lábios se uniram num desejo mútuo. Cema surgiu á porta da choupana, deparando com a cena amorosa. João percebeu a presença da mulher de Braz Canoeiro.
     -Vem cá, Cema. Eu trouxe essa moça pra ocê olhar pra ela. Olha bem pra cara dela. Veja se não é a mesma que roubou meu cavalo?
     -Parecer, se parece muito. Só que a outra... não vi sorrir nenhuma só vez, Jão.
    João pediu a Cema para hospedar a desconhecida por algum tempo no pobre casebre do garimpeiro.
     -Pode, Jão. Tenho confiança em ocê.
     -O caso é que eu não tenho nela...
     -Ocê fica á vontade. Amanhã... de manhãzinha eu tou de volta com meu Braz.
     Cema saiu, trouxa á cabeça, deixando o rapaz no meio do terreiro, imerso em pensamentos. A voz da moça acordou-o das reflexões.
     -Ei, João Coragem, vem ou não vem?
     Amarrou o cavalo no troco de uma árvore e, desajeitado, entrou apressadamente na choupana de Braz.
     O diálogo foi breve.
     -Eu quero ser sua. Você não me comprou? Sim... a fiança... não foi meu preço?
     -Não vê que isso não pode ser. Cê tem que ter alguém que cuide de sua vida. Não pode ter vindo de qualquer lugar.
     -E vim.
     -De onde?
     -De uma cidade que você não conhece. Longe daqui. Mas eu acho que isso agora não tem grande importância.
     -Não tem?
     -Porquê eu agora sou sua.
     João observou a moça, espantado com a ousadia de suas palavras.
     -Ou... você não me quer?
     -Escute aqui... você é doida? Fugiu de algum manicômio?
     Encarando o olhar do rapaz, a moça principiou um sorriso até alcançar a intensidade de uma gargalhada.
     -Eu nem sei o seu nome!
     -Diana. Diana Lemos.
     A noite avançava. O silencio quebrado apenas pelo tritinar dos grilos na beira do riacho.
     Diana e João dormiam.

FIM DO CAPÍTULO 13
Diana (Gloria Menezes) e João Coragem (Tarcisio Meira)

 NÃO PERCA O CAPÍTULO 14 DE IRMÃOS CORAGEM

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

IRMÃOS CORAGEM - CAPÍTULO 12

  CAPÍTULO 12

     Na igreja do Padre Bento reuniam-se João, Duda, Jerônimo e o vigário.
     Duda abriu a conversa:
     -Mas... o que está havendo?
     -A gente quer que ocê, meu irmão, tome uma atitude de homem no caso da Ritinha – explicou João.
     -Se eu não tivesse respeitado ela. Mas não houve nada, João. Coisa de louco.
     Jerônimo ponderou:
     -O nome dela caiu na boca do povo. Isso não é nada, Duda?
     -A gente não quer forçá, mas ocê não vai perder nada se casando com ela. É uma boa moça e gosta de você – considerou João.
     -Mas ele não pode casar com ninguém.
     A voz viera da porta de entrada da igreja. Ninguém notara a presença estranha.
     -Diga a eles, Duda, que você não pode se casar com essa moça.
     Duda replicou, grosseiro:
     -Cale a boca, Paula. Eu me defendo e não é preciso que você diga nada.
     -Mas agora eu quero sabê – João estava sério.
     -Eu e Duda somos... somos noivos. Estamos de casamento marcado.
     João não se deu por vencido com a intervenção de Paula.
     -Tão de casamento marcado, mas não tão de papel passado. Sinto muito, dona, mas a senhora acaba de perder um noivo.
     -Está de acordo com isso, Duda?
     -Ei! Esperem aí! De acordo coisa nenhuma. Quem decide a minha vida sou eu.
     Mudo até aquele instante, Padre Bento sentiu a ameaça da explosão, diante dos rumos tomados pela conversa.
     -Meus filhos...respeitem a casa de Deus.
     Duda, acompanhado de Paula, deixou o recinto do templo. João e Jerônimo permaneceram ao lado do Padre.
     -Esse idiota vai dar pano pra manga... pros nosso inimigo zombar de nós. Eu, João Coragem, você, Jerônimo... O pai e a mãe... nossa família que tem fama de justiceira, de gente boa, sem mancha... a gente que só pensa em acabar com a maldade desta terra... que temos a nosso favor a confiança de todo o povo, vamos ser arrasado por causa de um erro do nosso irmão.
     -Ele tem razão, Jerônimo. Nesta terra, quem lutar contra o Coronel Pedro Barros tem que ter a honra inatacável.


     A estranha ladra de Coroado dormia serenamente na cela da cadeia local. Fôra apanhada roubando dinheiro da caixa da Igreja. Esperava a visita de João Coragem, a quem dissera conhecer e mandara chamar, logo que fô    ra levada á delegacia.
     João entrou, abruptamente, na sala do delegado. Falcão virou-se, atento.
     -Olá, João. Aí está ela. Conhece?
     -Olá, meu amigão. Me tira daqui que eu juro que não se arrepende.
     O delegado esclareceu a ocorrência:
     -Seu irmão trouxe ela. Viu roubar todo o dinheiro da caixa da igreja. Conhece ela?
     O espanto do rapaz se traduzia na expressão do rosto. Boquiaberto. Pasmo.
     -Claro que eu conheço. Tira ela daqui. Eu me responsabilizo por ela.
     O delegado estava atônito.
     -Juro que não entendo mais nada. Pensei que fosse a filha do seu Pedro Barros.
     João olhou espantado para a autoridade policial. E para a moça que saía calmamente do interior da cela.
     -Filha dele?
     Graças a Deus que não é. Ficou provado que não é. Telefonei e a moça estava lá. Por Deus, nunca vi duas pessoas se parecerem tanto.
     A jovem desconhecida aproximou-se do rapaz.
     -Então. Bonitão. Muito obrigada. Você é bacana pra burro.
     João agarrou-a pelo braço.
     -Onde pensa que vai?
     -Cuidar da minha vida!
     -Tá enganada. Agora sou responsável por você. Você vem comigo.
     Ela tentou desvencilhar-se das mãos fortes do mancebo.
     -Você não é meu dono!  Não me comprou!
     A moça subiu a garupa do cavalo de João Coragem e o rapaz fez o animal galopar. Riam alegres. Durante alguns minutos atravessaram as ruas da pequena cidade, sob os olhos curiosos da população. Pouco depois ganharam o campo, num galope firme, decidido. Homem e mulher se confundindo com a natureza.

 
    FIM DO CAPÍTULO 12
Gentil Palhares (Artur Costa Filho) e Diana (Gloria Menezes)
 NÃO PERCA O CAPÍTULO 13 DE IRMÃOS CORAGEM

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

IRMÃOS CORAGEM - CAPÍTULO 11





CAPÍTULO 11

  No rancho humilde da família Coragem, Jerônimo e Potira estavam almoçando. Sinhana acabara de colocar os pratos sobre a mesa e sentava-se também para acompanhar os filhos. De repente a porta da frente se abriu e Duda e Ritinha deram um passo em direção á sala. As atenções se concentraram no casal. Jerônimo, surpreso, não tirava os olhos dos dois.
     Duda quebrou o silencio repentino.
     -Entra, Ritinha, esta casa agora é sua.
     Ritinha entrou, quase chorando.
     -Vem, não se acanhe não. – E virando-se para os presentes: - O pai dela expulsou a pobre de casa.
     Enquanto o jovem entrava em seus aposentos, no interior da casa, Jerônimo fez a pergunta:
     -Que foi que andou fazendo com você, Rita?
     -Ninguém fez nada, gente. Não houve nada. A gente brincou sem mal. Se jogou na água. A gente... só se beijou... sem mal. Será que ninguém acredita nisso?
     Sinhana ponderou:
     -É. O mal todo é esse, menina. É que ninguém vai acreditar.
     -E agora como vai ser? – quis saber Jerônimo.
     Duda voltara do quarto após tomar banho.
     -Já sei, vocês também estão pensando coisas horríveis a nosso respeito.
     Jerônimo segurou o irmão pelos ombros. Mãos firmes.
     -A realidade é esta, mano: mesmo que não tenha acontecido nada... você vai ter que casar com ela.
     Duda teve um choque ao ouvir as palavras do irmão.
     -O que!? Ca... casar... com... com ela. Mas... isto é um disparate!
     Sinhana entrou na conversa. Incisiva.
     -Vai ter, Duda. Honra de moça é um negócio muito sério. Compreenda, filho. Não é problema se você errou ou não errou. O problema é ela ficar falada, desmoralizada.
     -Vai ter que casar, Duda. Num tem pra onde.
 


     No centro da cidade vários homens se divertiam vendo o cavaleiro puxar uma moça enlaçada pela cintura. Descalça, sapatos atirados no meio da rua, a jovem vestida de chita, gritava e esbravejava.
     -Desgraçado! Patife! Me solta!
     O cavaleiro, objeto da fúria da moça, respondia aos insultos.
     -Devolve o dinheiro. Devolve, vagabunda. Ou vai ter de sambar na corda aqui pra gente ver.
     Alguém perguntou – “Quem é ela?”
     -Uma ladra. Roubou dinheiro da venda do Peixoto.
     O grupo havia se afastado, dispersando-se. A jovem permanecera sozinha. Calçava os sapatos de fivela e ajeitava os cabelos revoltos. Uma voz surpreendeu o seu silencio.
     -Será que estou ficando doido ou você não é a moça que roubou meu cavalo?
     -Epa... lá vem mais um. Será que nesta cidade todo mundo é gira?
     João coragem insistiu.
     -Nós dois...quero dizer... a gente já não se viu,  não?
     -Nunca vi sua cara. Você viu a minha? Agora sou também ladra de cavalos. Olha aqui, nunca vi seu cavalo, e muito menos você, bonitão. Mas se quer que a gente se conheça melhor, não me custa nada. É só dizer... “me ajude”.
     -Olha, juro que rezei pra te encontrar de novo.
     -Onde foi que você me viu? Eu não me lembro.
     -Por quê ta fingindo? Eu te socorri, te cuidei...
     -Está brincando...se é desculpa pra gente entrar num entendimento, tá perdendo seu tempo.
     -Não... não é isso... eu precisava te ver de novo.
     Uma voz chamou o rapaz. Era o Promotor Rodrigo César. João esqueceu por uns instantes a presença da moça.
     -Sei que esteve em minha casa. – Virando-se á procura da jovem misteriosa. – Aquela moça...cadê ela?
     Mais uma vez a mulher desaparecera sem explicação.
     Do interior da casa, Potira e Sinhana ouviram o galope do cavalo. Chegaram á porta do rancho. O cavaleiro era Lourenço, capataz de Pedro Barros.
     -O moço Duda ta aí?
     -Tá não. O que qué dele?
     -Recado do meu patrão. Ele que se prepare pra casar com a filha do Dr. Maciel, ainda hoje.
     -Meu filho não precisa ser obrigado. Se é o certo, ele casa. Se não é, ninguém obriga.
     -Certo ou não, ele vai casá. É uma ordem. Coroado em peso está esperando. E vai ser hoje. Na igreja do padre Bento.
     Lourenço deu a volta ao cavalo e saiu em disparada.

FIM DO CAPÍTULO 11
 
Ritinha e Duda      

NÃO PERCA O CAPÍTULO 12 DE IRMÃOS CORAGEM!!!