Roteirizado por Toni Figueira
do original de Janete Clair
CAPÍTULO 50
PARTICIPAM DESTE CAPÍTULO:
JOÃO
DELEGADO FALCÃO
DR. RAFAEL
MARIA DE LARA
INDAIÁ
JUCA CIPO
PEDRO BARROS
CENA 1 - COROADO - DELEGACIA - INT. - DIA.
Há horas que João Coragem, pacientemente, aguardava a chegada do delegado, sentado no banco de madeira que acompanhava toda a extensão da parede, na sala de audiência da delegacia. Falcão entrou agitado.
JOÃO - (aflito) Agarrô ele?
DELEGADO FALCÃO - Lourenço? Não. Não encontrei.
JOÃO - Como... não encontrô? Hoje se esgotô o prazo que eu lhe dei.
DELEGADO FALCÃO - Pedro Barros fez muita queixa dele. Era um péssimo empregado. Andava muito esquisito, ùltimamente. E há dois dias desapareceu. Tudo indica que fugiu... levando seu diamante, João.
JOÃO - (levantando-se) Mas Pedro Barros deve sabê onde ele está!
DELEGADO FALCÃO - Por que devia saber?
JOÃO - Porque as coisa... entre eles foi tudo combinado. Pedro Barros tá metido nisso. Prova é que Juca também tá envolvido!
DELEGADO FALCÃO - Juca nega tudo.
Inteiramente descontrolado, João Coragem agarrou violentamente a gola do paletó do delegado, balançando-o como se fôra um graveto tocado por um vendaval.
JOÃO - O senhô tá protegendo eles! Eu quero Lourenço hoje, aqui, preso. Na falta dele... prende então o Pedro Barros!
Falcão livrou-se da fúria do Coragem.
DELEGADO FALCÃO - Você está doido, João? Você não pode me obrigar a um ato desses... contra um homem... que estava fora no momento do roubo!
JOÃO - Mas ele tem de dizê onde tá Lourenço. Prende ele! Prende e obriga a dizê!
Há horas que João Coragem, pacientemente, aguardava a chegada do delegado, sentado no banco de madeira que acompanhava toda a extensão da parede, na sala de audiência da delegacia. Falcão entrou agitado.
JOÃO - (aflito) Agarrô ele?
DELEGADO FALCÃO - Lourenço? Não. Não encontrei.
JOÃO - Como... não encontrô? Hoje se esgotô o prazo que eu lhe dei.
DELEGADO FALCÃO - Pedro Barros fez muita queixa dele. Era um péssimo empregado. Andava muito esquisito, ùltimamente. E há dois dias desapareceu. Tudo indica que fugiu... levando seu diamante, João.
JOÃO - (levantando-se) Mas Pedro Barros deve sabê onde ele está!
DELEGADO FALCÃO - Por que devia saber?
JOÃO - Porque as coisa... entre eles foi tudo combinado. Pedro Barros tá metido nisso. Prova é que Juca também tá envolvido!
DELEGADO FALCÃO - Juca nega tudo.
Inteiramente descontrolado, João Coragem agarrou violentamente a gola do paletó do delegado, balançando-o como se fôra um graveto tocado por um vendaval.
JOÃO - O senhô tá protegendo eles! Eu quero Lourenço hoje, aqui, preso. Na falta dele... prende então o Pedro Barros!
Falcão livrou-se da fúria do Coragem.
DELEGADO FALCÃO - Você está doido, João? Você não pode me obrigar a um ato desses... contra um homem... que estava fora no momento do roubo!
JOÃO - Mas ele tem de dizê onde tá Lourenço. Prende ele! Prende e obriga a dizê!
DELEGADO FALCÃO - (com decisão, abotoando o paletó) Há uma queixa contra Lourenço e estou empenhado em agarrar ele. Mas contra Pedro Barros eu não posso fazer nada.
Movido pela ânsia de justiça, o garimpeiro descontrolou-se ante a visível covardia que se ocultava nas palavras do homem que representava a lei de Coroado.
JOÃO - (dedo em riste, avisou sem temor) Mas eu posso, Falcão! Eu posso!
A passos largos, deixou a delegacia. Diogo Falcão admoestava-o lá de dentro.
DELEGADO FALCÃO - João! Veja lá o que vai fazer! Não seja louco!
CORTA PARA:
CENA 2 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - CASA-GRANDE - QUARTO DE LARA - INT. - DIA.
Maria de Lara levantou-se e foi até a janela de seu quarto. Era dia e poucas nuvens, muito brancas, enodoavam o azul profundo do infinito. Voltou-se quando a porta se abriu e o Dr. Rafael entrou, em companhia de Indaiá. Lara o mandara chamar.
DR. RAFAEL - O que foi?
MARIA DE LARA - Doutor... minha empregada esteve ontem na casa de meu marido... e me trouxe notícias muito tristes.
DR. RAFAEL - Sobre o roubo?
MARIA DE LARA - É. Isto é verdade?
DR. RAFAEL - É, infelizmente. Mas não é caso pra você se preocupar. Precisa de descanso absoluto.
MARIA DE LARA - Como não? O irmão de João está ferido... a família toda prejudicada. O pai deles á morte... João fora de si!
O psiquiatra confirmou as versões da moça, com um aceno de cabeça. Passeava, interminàvelmente, de um lado para o outro do quarto, cabeça semi-curvada.
DR. RAFAEL - Tudo isto é verdadeiro. Eu já sabia desde ontem quando ouvi comentários entre os empregados.
MARIA DE LARA - (torcia as mãos, nervosa) O senhor não sabe a importância do diamante na vida de João!
DR. RAFAEL - Eu imagino, sim. Mas isto não é tudo. Não é com dinheiro que se constrói a felicidade.
MARIA DE LARA - Tenho receio dele perder a cabeça... e também de papai estar envolvido nisso.
DR. RAFAEL - Não fique fazendo suposições. Elas podem ser falsas.
MARIA DE LARA - Papai não veio me ver desde que chegou e isto me faz pensar nas piores coisas. Acho que este era o golpe que estavam preparando para João. (virando-se para Indaiá) Preciso falar com papai! (e para o médico) Qual foi o empregado que fugiu?
Rafael fitou Indaiá que procurara seus olhos segundos antes.
DR. RAFAEL - Foi... o tal Lourenço D’Ávila... Dizem que é o responsável pelo roubo. Neste momento, a polícia de Coroado está empenhada em encontrá-lo. A pedido de seu pai.
CORTA PARA:
CENA 3 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - CASA-GRANDE - EXT. - DIA.
JUCA CIPÓ - Pera ai! Pera aí! Aonde pensa que vai? Tá maluco?
Juca Cipó enfureceu-se com o sem-formalismo de João Coragem que, sem se importar com a jagunçada do coronel, meteu-se pelo portão e já atingia a porta de entrada da residência. João parou por alguns segundos.
JOÃO - (ordenou) Vai avisar teu patrão que tou aqui!
JUCA CIPÓ - Você não pode ir entrando assim! Onde é que nós tamo?
JOÃO - Onde tá minha mulhé?
Bateu com força na porta.
JOÃO - (gritando) Lara! Lara!
PEDRO BARROS - (abriu a porta, com gesto brusco) Onde você pensa que tá, mocinho? Que barulho é esse?
JOÃO - Eu penso que tô na frente do home que mandou invadir minha casa, pra roubá, pra matá! E se tou aqui é pra reaver o que o sinhô roubô de mim.
PEDRO BARROS - Eu não entendo...
JOÃO - (com expressão de louco) Eu explico! Vim buscá minha pedra e a minha mulhé! Vou levá as duas coisa!
Barros não queria acreditar no que ouvia.
JOÃO - Dei um prazo e o prazo se esgotô! Ninguém fez nada, até agora, dentro da lei! Exijo a sua prisão ou o diamante. (e decisivo) Exijo Lara... ou a sua vida!
FIM DO CAPÍTULO 50
Lourenço, Branca e Jerônimo |
E NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
*** JOÃO DÁ UM SÔCO EM PEDRO BARROS, ENCOSTA A ARMA EM SEU QUEIXO E DIZ A LARA QUE ARRUME SUAS COISAS, POIS VAI EMBORA COM ELE!
***FALCÃO INTERCEPTA AS LIGAÇÕES DE LOURENÇO PARA ESTELA E DESCOBRE ONDE ELE ESTÁ. PEDRO BARROS ORDENA O DELEGADO QUE MANDE SEUS HOMENS ATRÁS DELE!
*** JOÃO DÁ UM SÔCO EM PEDRO BARROS, ENCOSTA A ARMA EM SEU QUEIXO E DIZ A LARA QUE ARRUME SUAS COISAS, POIS VAI EMBORA COM ELE!
***FALCÃO INTERCEPTA AS LIGAÇÕES DE LOURENÇO PARA ESTELA E DESCOBRE ONDE ELE ESTÁ. PEDRO BARROS ORDENA O DELEGADO QUE MANDE SEUS HOMENS ATRÁS DELE!
NÃO PERCA O CAPÍTULO 53 DE
Nenhum comentário:
Postar um comentário