Novela de Antonio Figueira
Inspirada na Obra de Dias Gomes
Inspirada na Obra de Dias Gomes
Fonte: http://youtu.be/zIuryHGvAVc
CAPÍTULO 70
Personagens deste capítulo:
OLIVEIRA RAMOS
MISS JULY
ELISA
DETETIVE JONAS
RENATÃO
SAMUCA
DELEGADO FONTOURA
RICARDINHO
MARIO MALUCO
VERINHA
MÃOZINHA DE VELUDO
KONSTANTÓPULUS
DANUSA
RODOLFO AUGUSTO
CENA 1 -
APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS
- QUARTO DE OLIVEIRA -
INT. - NOITE.
OLIVEIRA RAMOS - É
você, meu bem? (recostou-se na cama, falando ao telefone) Estou chegando agora...
e morrendo de saudade. Fui ao casamento de um conhecido nosso, Rodolfo Augusto.
Você não perdeu nada... não, não é isso, eu não quero aparecer com você em
público antes de resolver outros problemas. Sim, tenho que resolver tudo, antes
de anunciar o nosso noivado.
CORTA PARA:
CENA 2 -
APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS
- SALA DE JANTAR -
INT. - DIA.
NO DIA
SEGUINTE, OLIVEIRA RAMOS SENTOU-SE À MESA, PARA O CAFÉ DA MANHÃ. PEGOU O
JORNAL. ELISA, QUE LÁ ESTAVA SENTADA, ENCAROU-O, COM ÓDIO.
ELISA
- Velho sem-vergonha! Babão!
OLIVEIRA
LEVANTOU OS OLHOS, SURPRESO, OLHOU PARA A EX-MULHER E PARA MISS JULY.
OLIVEIRA RAMOS - O
que significa isso? (dirigiu-se á governanta) O que deu nessa mulher?
ELISA
- Você pode enganar a todos, Carlos
Eduardo, mas a mim, não! Se pensa que vai me fazer de idiota, como faz com
todos desta casa, engana-se!
OLIVEIRA RAMOS -
(indignado) Ficou louca? Não, louca você já é... ( e para Miss July)
Miss July, ela surtou?
MISS JULY - Dona
Elisa...
ELISA
- (cortou) Ele sabe muito bem do
que estou falando! Mas eu não vou permitir, está me ouvindo? Não vou permitir!
Vou fazer de sua vida um inferno! Você vai ver!
ELISA
LEVANTOU-SE E SAIU, ACINTOSAMENTE.
OLIVEIRA RAMOS - Você
viu isso, Miss July? Ela me ameaçou! Não é possível viver com uma pessoa assim!
MISS JULY
OLHOU-O, SIGNIFICATIVAMENTE. SABIA O QUE OLIVEIRA ESTAVA MAQUINANDO.
OS OLHOS DO
BANQUEIRO CAÍRAM SOBRE A MANCHETE: “MÃOZINHA E BOLA 2 PRESOS EM BATIDA
POLICIAL”.
OLIVEIRA RAMOS -
(visivelmente preocupado) Renatão precisa saber disso.
CORTA PARA:
CENA 3 -
APARTAMENTO DE RENATÃO - SALA - INT.
- DIA.
ERA UM BELO
DIA DE SOL. RENATÃO PREPARAVA-SE PARA IR À PRAIA, QUANDO A CAMPAINHA TOCOU.
KONSTANTÓPULUS ABRIU E O DETETIVE JONAS ENTROU.
RENATÃO - (ao
vê-lo) Qual é o galho, desta vez?
O DETETIVE MOSTROU-LHE UM RETRATO DE MÃOZINHA.
DETETIVE JONAS - O
senhor conhece este homem?
RENATÃO -
(olhou a foto) Não... não o conheço...
DETETIVE JONAS - Pois
ele parece conhecer bem o senhor. Tanto que não vai achar engraçado quando
souber do depoimento que ele acaba de prestar, envolvendo a sua pessoa.
RENATÃO
DEIXOU ESCAPAR UM SUSPIRO PROFUNDO.
RENATÃO -
Detetive Jonas, eu não tenho relações com marginais. Sou
um homem que
frequenta a mais alta sociedade. Tenho
amigos que são ministros, grandes
industriais. O senhor
está me confundindo.
DETETIVE JONAS - Não
sou eu, é ele. Mãozinha de Veludo diz que recebeu do senhor um dinheiro para
fazer um certo servicinho...
RENATÃO - Eu não
sei do que o senhor está falando...
DETETIVE JONAS - Bem,
vim aqui a mando do Delegado Fontoura. Ele quer falar com o senhor e o convida
a ir à delegacia.
CORTA PARA:
CENA
4 - APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS -
ESCRITÓRIO - INT. –
DIA.
A VISITA DO
DETETIVE JONAS FEZ COM QUE RENATÃO MUDASSE SEUS PLANOS. EM VEZ DA PRAIA, FOI Á
CASA DE OLIVEIRA RAMOS. CONVERSAVAM, NO ESCRITÓRIO.
OLIVEIRA RAMOS - Mas
o meu nome não surgiu nessa história!...
RENATÃO - Não,
Oliveira, pode ficar tranquilo. Como eu previa, quem entrou pelo cano fui eu. E
por sua causa.
OLIVEIRA RAMOS - (fez
um ar de espanto) Por minha causa?!
RENATÃO - Sim.
Afinal, foi você quem teve a idéia.
OLIVEIRA RAMOS - Eu,
não. Eu só falei... que era preciso dar um jeito de fazer o Vítor parar com as
reportagens... Você disse que deixasse tudo por sua conta: foi você quem bolou
tudo. Eu nem sabia... se soubesse, tinha sido contra.
RENATÃO - (com
o sobrolho franzido) Agora que o troço deu bode!
OLIVEIRA RAMOS - Bem,
como é que você vai sair dessa?
RENATÃO - Só
tem um jeito: dizer que foi tudo uma brincadeira!
CORTA PARA:
CENA
5 - DELEGACIA
- SALA DO DELEGADO FONTOURA - INT.
- DIA.
DELEGADO FONTOURA -
(surpreso) Brincadeira?!
RENATÃO - É...
a gente queria passar um trote no padre.
DELEGADO FONTOURA - A
gente quem, seu Renato?
O PLAYBOY
COÇOU A NUCA, NO GESTO DE QUEM REFLETE. E REFLETINDO ESTAVA, COM EFEITO --
REFLETINDO FURIOSAMENTE. SABIA QUE O DELEGADO NÃO ESTAVA ACREDITANDO NEM
UM POUCO NAQUELA HISTÓRIA MAL CONTADA. SABIA, IGUALMENTE, QUE ERA ESQUISITO,
PARA NÃO DIZER MAIS, EMPREGAR UM MALANDRO COMO O MÃOZINHA PARA TAL BRINCADEIRA.
RENATÃO - Eu e
mais uns amigos. Não adianta perguntar porque eu não vou dedurar ninguém.
DELEGADO FONTOURA - Quer
dizer que o senhor e seus amigos resolveram meter o padre na cadeia, arranjar
para ele um processo, tudo de farra!
RENATÃO -
Bem... eu não imaginava que a coisa fosse tão longe. De fato, foi uma
brincadeira besta, sem dúvida. O Mãozinha foi eficiente demais!...
DELEGADO FONTOURA - O
senhor sabe que o Padre Vítor pode agora processá-lo e exigir uma indenização
por danos morais?
RENATÃO RIU.
FOI UM RISO DE LÁBIOS FECHADOS, QUE NÃO LHE ILUMINOU OS OLHOS.
RENATÃO - Ele não
fará isso. Tem espírito esportivo.
DELEGADO FONTOURA -
Espírito esportivo eu não teria, se fosse ele. Com a honra de um homem
não se brinca, seu Renatão. Nem mesmo em Ipanema! Pode ir embora.
RENATAO -
(levantou-se) Obrigado. Um abraço na Verinha e no Mariozinho.
DELEGADO FONTOURA - (a
contragosto) Obrigado.
RENATÃO IA
SAINDO, QUANDO ENTROU O MÃOZINHA, CONDUZIDO PELO GUARDA.
MÃOZINHA - Como
é? Ele vai embora e eu fico? Se é assim, eu posso falá mais ainda. Chama o
Escrivão que eu falo. Posso dá o nome de uns filhos de papai...
DELEGADO FONTOURA -
Envolvidos também na rede?
MÃOZINHA -
(sorriu) Claro. E um deles se chama Mariozinho Fontoura, mais conhecido
como Mario Maluco.
O DELEGADO
ENCAROU-O, ABOBALHADO. PARECIA QUE HAVIA RECEBIDO UM SÔCO NA CARA.
CORTA PARA:
CENA 6 -
APARTAMENTO DO DELEGADO FONTOURA
- QUARTO DE VERINHA -
INT. - DIA.
FONTOURA
ENTROU EM CASA E FOI DIRETO AO QUARTO DA FILHA.
FONTOURA - Onde
está seu irmão?
VERINHA
LEVANTOU OS OLHOS DA REVISTA QUE ESTAVA LENDO.
VERINHA -
Mariozinho?
FONTOURA - Sim,
onde ele está?
VERINHA - E eu
é que sei?... Nós somos irmãos, mas não somo xifópagos.
ADELAIDE - (entrando no quarto da filha) Mas o que
aconteceu? Por que você está tão aflito?...
FONTOURA - Prendemos dois marginais... dois traficantes da pior espécie, que vão
possibilitar descobrir toda uma rede. E sabe quem um deles denunciou? Nosso
filho!
ADELAIDE - Deve
ser mentira!
FONTOURA - Não
é mentira. Eu sei que é verdade. Há muito tempo que eu desconfio. Bastava olhar
pra ele. Aqueles olhos... tenho lidado
muito com essa gente, conheço longe... Também o tal amigo dele, o Ricardinho. É
verdade, sim...
ADELAIDE - E o
que é que você vai fazer agora?
FONTOURA - Vou
tocar o inquérito. Não é meu filho. No cumprimento do dever, eu não tenho
filhos.
CORTA PARA:
CENA 7 -
APARTAMENTO DE RODOLFO AUGUSTO
- SALA -
INT. - DIA.
PREOCUPADA
COM O AMIGO, DANUSA FOI VISITAR O COSTUREIRO. DEPRIMIDO, RODOLFO AUGUSTO
MOSTROU-LHE A PÁGINA DE COLUNA SOCIAL DO JORNAL.
RODOLFO AUGUSTO -
Olha isso, Danusa: “Barraco no Casamento de Rodolfo Augusto”. Estou
arruinado!
DANUSA -
(pegou o jornal e leu) Ah, meu querido, mas é só uma notinha, na coluna
do Zózimo! E ele nem fala do flagrante da piriguete com o fotógrafo no banheiro!
RODOLFO AUGUSTO - Mas
vão acabar sabendo! Não duvide do faro desses paparazzos... são terríveis,
atrás de um escândalo! Ai, como fui burro, me envolvendo e chegando a ponto de casar
com aquela biscate...
DANUSA -
Ainda bem que o juiz concordou em anular o casamento. Só você não
enxergava, Gugu. Estava na cara que ela ia aprontar, cedo ou tarde. Melhor
assim. Você terminou essa história ainda no começo!
RODOLFO AUGUSTO -
(choroso) Faço tudo errado, não é?
DANUSA -
(acariciou-lhe os cabelos) Que é isso... logo vai passar, você vai
ver...
RODOLFO
AUGUSTO OLHOU-A COM CURIOSIDADE.
RODOLFO AUGUSTO - Ei!
O que aconteceu? Você está diferente... com um brilho no olhar... (lembrou-se)
Pára tudo! Não vá me dizer que você e Gouveia Neto...
DANUSA - (não
se conteve) Ele me convidou pra jantar!
RODOLFO AUGUSTO - Não
acredito! Jura?
DANUSA -
Juro! Juro! Ai, Gugu, estou nas nuvens!
RODOLFO AUGUSTO - Ai,
amiga, só esta notícia pra melhorar o meu humor! Amei! Vocês formam um lindo
casal! Tudo a ver!
CORTA PARA:
CENA
8 - APARTAMENTO DE JUREMA - SALA -
INT. - DIA.
MARIO MALUCO
E RICARDINHO JOGAVAM VIDEOGAME, DIANTE DA TV, QUANDO VERINHA CHEGOU.
VERINHA - Mariozinho, preciso falar com você.
MARIO MALUCO - Logo
agora que tou ganhando, Vera, qual é...
VERINHA
- A coisa é séria, Mario.
DIANTE DO AR
DE SERIEDADE DA JOVEM, OS DOIS PARARAM DE JOGAR.
VERINHA -
Mãozinha de Veludo entregou você!
MARIO MALUCO -
(empalideceu) Tá de brincadeira!...
VERINHA - Nosso
pai está à sua procura. Vim aqui só pra te avisar... pelo jeito dele, tá até
disposto a te prender!
RICARDINHO -
(ponderou, sério) Caramba! O mais chato disso tudo, é que uma coisa pode
puxar a outra... O jeito, agora, Mariozinho, é você se mandar de casa!
CORTA PARA:
CENA
9 - APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS - QUARTO -
INT. - NOITE.
OLIVEIRA
RAMOS FALAVA ALEGREMENTE AO TELEFONE.
OLIVEIRA RAMOS -
Ótimo, Renatão, você é um gênio. Quer dizer que o caso vai ser
engavetado... Quer dizer: nós nos safamos. Claro, você trabalhou bem. Parabéns.
Olha, eu tou com um pouco de pressa porque tenho um encontro.... É, ela
mesma... está me esperando em casa. E desta vez eu acho que estou amando...
Chau.
DESLIGOU.
FOI ATÉ O ESPELHO E AJEITOU O CABELO. COLOCOU PERFUME NO LENÇO E ATRÁS DAS
ORELHAS. DEPOIS, FOI ATÉ O CRIADO-MUDO, ABRIU UM PEQUENO COFRE DE METAL,
COLOCOU DENTRO ALGUMAS JÓIAS E SAIU.
CENA
10 - APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS -
QUARTO DE ELISA - INT. - NOITE.
OLIVEIRA
ENTROU NO QUARTO COM O COFRE NAS MÃOS. ELISA ENCAROU-O, DESAFIADORA.
ELISA
- O que você quer? Saia do meu
quarto!
OLIVEIRA APROXIMOU-SE, COM UM SORRISO NOS
LÁBIOS.
OLIVEIRA RAMOS -
Calma, Elisa. Vim em missão de paz. E para provar que quero viver bem
com você, trouxe-lhe um presente. (estendeu-lhe o pequeno cofre) Pegue. São
suas.
ELISA PEGOU,
DESCONFIADA.
ELISA
- O que é isso?
OLIVEIRA RAMOS -
Abra. Veja.
ELISA ABRIU
O COFRE E ARREGALOU OS OLHOS, AO VER AS JÓIAS.
ELISA
- São... minhas?
OLIVEIRA RAMOS -
Claro.
ELISA
- (embevecida) Eu... não sei o
que dizer.... são lindas!...
OLIVEIRA RAMOS - Não
diga nada, querida. O importante é que gostou do presente. Boa noite.
ELISA
- Boa noite, Oliveira.
OLIVEIRA
SAIU. ELISA PÔS UM COLAR DE BRILHANTES NO PESCOÇO E FICOU ADMIRANDO-SE, DIANTE
DO ESPELHO.
CORTA PARA:
CENA
10 - APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS - SALA -
INT. - NOITE.
DUAS HORAS
DEPOIS, OLIVEIRA RAMOS VOLTOU PARA CASA E ENCONTROU ELISA ESCUTANDO, COMO
SEMPRE, UM CD DE ROBERTO CARLOS.
OLIVEIRA RAMOS - Miss
July, eu vou jantar fora... com um industrial americano. E veja se essa doida
não toca fogo na casa.
A GOVERNANTA
NÃO ENGOLIU A MENTIRA. OLHOU PARA OS RETRATOS DAS QUATRO ESPOSAS E SORRIU,
MALICIOSA.
MISS JULY -
(disse baixinho) Já vi que vamos ter mais um retrato... de um industrial
americano. (olhou para Elisa, embevecida com a música) Que família!...
CORTA PARA:
CENA
11 - APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS -
QUARTO DE ELISA - INT.
- NOITE.
JÁ PASSAVA
DA MEIA-NOITE, QUANDO O BANQUEIRO ENTROU NO QUARTO DE ELISA, PÉ ANTE PÉ. NA PENUMBRA, FOI
ONDE ELA GUARDAVA O COFRE E O APANHOU. EM SEGUIDA, ACORDOU ELISA
PROPOSITADAMENTE. ELA VIU OLIVEIRA COM O COFRE E COMEÇOU A GRITAR.
ELISA
- São minhas! Essas jóias são
minhas! Não! Ladrão!
OLIVEIRA
SAIU COM O COFRE, ENQUANTO A MULHER GRITAVA, DESESPERADA.
ELISA
- Vou chamar a polícia! Roubaram
minhas jóias! Socorro! Socorro, alguém me ajude!
MISS JULY
ENTROU NO QUARTO, ASSUSTADA.
MISS JULY - Dona
Elisa! Que gritaria é essa! O que aconteceu?
ELISA PEGOU
O TELEFONE E COMEÇOU A DISCAR.
ELISA
- A polícia! Vou chamar a
polícia!
MISS JULY
TENTOU IMPEDIR QUE ELISA TELEFONASSE, MAS RECEBEU UMA DENTADA NA MÃO. NESSE MOMENTO,
OLIVEIRA APARECEU, FINGINDO AR DE SONO.
OLIVEIRA RAMOS - Que
gritaria é essa? Assim não consigo dormir...
MISS JULY -
Doutor... é Dona Elisa! Cismou que foi roubada e quer chamar a
polícia!... Não sei o que fazer! Tentei impedir e me mordeu a mão!
INCONTINENTI,
OLIVEIRA PEGOU O TELEFONE E LIGOU PARA O DR. LEIVAS.
OLIVEIRA RAMOS -
Desculpe, doutor, mas minha mulher, Elisa, teve uma crise, mordeu Miss
July e diz que lhe roubaram as jóias, que são tampinhas de cerveja, como o
senhor sabe. Pode ser que isso não dê em nada, mas é um perigo, como eu posso
ter uma pessoa assim em casa? Gostaria de reinterná-la imediatamente.
FIM DO CAPÍTULO 70
E NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
*** Jurema é absolvida e a notícia corre, provocando as mais diversas reações em Ipanema!
*** Oliveira ramos aconselha Vítor e Helô a fugirem do país, temendo que ela seja presa!
EMOÇÕES FINAIS! ÚLTIMOS CAPÍTULOS!
NÃO PERCA O CAPÍTULO 71 DE
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