Novela de Toni Figueira
Inspirada na Obra de Dias Gomes
http://youtu.be/zIuryHGvAVc
CAPÍTULO 38
Personagens deste capítulo:
SAMUCA
MARISA
CABO JORGE
DETETIVE
JONAS
DELEGADO
NOGUEIRA
VÍTOR
HELÔ
OLIVEIRA
RAMOS
MISS JULY
RENATÃO
JOANINHA
TIA COLÓ
CARLINHA
KONSTANTÓPULUS
VERINHA
RODOLFO
AUGUSTO
DANUSA
BABI
MARCOS
MÉDICO
CENA 1 -
APARTAMENTO DE MARISA - EXT
- NOITE
Continuação imediata da última cena do capítulo
anterior.
RENATÃO SAIU
DO PRÉDIO E FOI AO ENCONTRO DA POLÍCIA, QUE ACABAVA DE CHEGAR.
RENATÃO -
(dirigindo-se a um dos policiais, que saltava do carro) Por acaso estão procurando a louca de pedra e
bêbada que atira garrafas pela janela? É ali... (apontou para a janela do
apartamento de Marisa) eu ia passando, quase levei com uma garrafa na cabeça!
Um cidadão não tem mais segurança em Ipanema!
OS POLICIAS
ENTRARAM NO PRÉDIO. RENATÃO SE AFASTOU, COM UM AR DE VITÓRIA ESTAMPADO NO
ROSTO.
CORTA PARA:
CENA 2 -
APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS
- SALA -
INT. - NOITE.
NA SALA, O
TELEFONE TOCOU E MISS JULY ATENDEU. ERA PARA OLIVEIRA, QUE ESTAVA ACABANDO DE
CHEGAR, JUNTO COM SUSI.
MISS JULY -
(disse gravemente) É da Casa de Saúde...
OLIVEIRA RAMOS -
(estremeceu) Da Casa de Saúde?! (fez uma pausa e dirigiu-se a Susi) Meu
amor, vá indo para o quarto e me espere. Vou em seguida...
SUSI
DIRIGIU-SE PARA O QUARTO. OLIVEIRA VOLTOU AO TELEFONE.
OLIVEIRA RAMOS - Alô?
É ele que está falando. Como? Fugiu? Como é possível?!
A GOVERNANTA
ESCUTAVA, ATENTAMENTE, PROCURANDO ADIVINHAR O QUE A OUTRA PESSOA FALAVA, DO
OUTRO LADO DA LINHA.
OLIVEIRA RAMOS - Me
escute: se ela fugiu, não deve ir longe. Tratem de achá-la! Foi esta tarde? E
só agora... Não, aqui ela não veio! Bem, qualquer notícia, liguem pra cá... ou
melhor, não. Isso é perigoso. Eu me comunico com vocês. Boa noite.
OLIVEIRA
DESLIGOU. VOLTOU-SE PARA A GOVERNANTA.
OLIVEIRA RAMOS - Sim,
Miss July, era ela. Fugiu esta tarde. Desapareceu. Ninguém a encontra. E isso
acontece na antevéspera do casamento de Helô!
MISS JULY - Meu
Deus, que horror! E agora, o que o senhor vai fazer?
O BANQUEIRO
OLHOU PARA A PORTA QUE DAVA PARA OS APOSENTOS E FALOU EM VOZ BAIXA:
OLIVEIRA RAMOS -
Ainda não sei. É preciso que Helô não perceba nada! Esse idiota não
devia ter telefonado para cá! Há sempre o perigo dela estar escutando na
extensão...
ENQUANTO
FALAVA, ELE FOI SE DIRIGINDO PARA O CORREDOR E ENTROU NO SEU QUARTO.
CENA
3 - APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS -
QUARTO DE OLIVEIRA - INT.
- NOITE.
SUSI JÁ
ESTAVA DEITADA. OLIVEIRA COMEÇOU A DESPIR-SE, QUANDO ELA SENTOU NA CAMA.
SUSI
- Quem é essa mulher que fugiu da
Casa de Saúde?
OLIVEIRA RAMOS -
Ninguém. Quer dizer... uma pobre coitada que eu ajudo, sempre que posso.
SUSI
FITOU-O, DESCONFIADA, E VOLTOU A DEITAR-SE, COM OS OLHOS MUITO ABERTOS.
CORTA PARA:
CENA 4 -
DELEGACIA - CELA DE MARISA -
INT. - DIA.
MARISA
SOMENTE VOLTOU A SI NO DIA SEGUINTE. CONTINUAVA DEITADA, MAS O AMBIENTE AGORA
ERA OUTRO. BEM DIFERENTE DO SEU APARTAMENTO. DUAS MULHERES MALTRAPILHAS ESTAVAM
AO SEU LADO, PORÉM DEITADAS NO CHÃO. ELA ABRIU OS OLHOS DEVAGAR, TENTOU ERGUER-SE,
MAS NÃO CONSEGUIU.
A CABEÇA ESTAVA, COMO
SE TIVESSE LEVADO UMA SURRA, OU UMA CACETADA. DEPOIS DE ALGUMAS TENTATIVAS,
PÔS-SE DE PÉ E FOI ATÉ A GRADE. VIU O GUARDA.
MARISA - Não
estou entendendo. Que é isso aqui? (gritou para o policial, postado do lado de
fora, no corredor) Ei, você aí, que é isso aqui?
POLICIAL -
(sorriu, irônico) É o Copacabana
Palace, não tá vendo? Espere mais um pouco, que o serviço de quarto já tá
chegando!
MARISA
ARREPIOU-SE.
MARISA -
Escute... é uma cadeia?! (e estupefata, como se estivesse vendo um
fantasma) Estou presa?!
POLICIAL -
(continuava gozando) Puxa, tu adivinha as coisas, hem? Adivinhona!...
MARISA -
(ainda zonza, procurou concatenar as idéias) O que aconteceu comigo?
Como vim parar aqui?!
UMA DAS
MULHERES, DEITADA NO CHÃO, LEVANTOU A CABEÇA, IRRITADA.
PRESIDIÁRIA - Ô perua,
sossega o facho e cala essa boca!
MARISA -
(reagiu com altivez) Quem é a senhora para me dar ordens? Não me dirija
a palavra, pois não sou da sua laia! (olhou em volta, horrorizada) Que lugar
horroroso!
A OUTRA FEZ
UM RUÍDO INSULTUOSO COM A BOCA. O GUARDA TORNOU A RIR. MARISA BATEU COM OS
PUNHOS NA GRADE.
MARISA -
Guarda! Abra isso aqui... eu preciso sair... quero falar com meu
advogado!
CORTA PARA:
CENA
5 - APARTAMENTO DE RENATÃO -
SALA - INT.
- DIA.
RENATÃO
RELEU A MANCHETE DA “FOLHA DO RIO” E DEU OUTRA GOSTOSA GARGALHADA.
RENATÃO - Vê
aí, Samuca. “Milionária embriagada depreda apartamento e vai presa”. Não é uma
gracinha? Olha só o retrato dela, entre dois policiais!
SAMUCA -
(tomou o jornal das mãos do amigo) Caramba, Renatão... Mas esta é a sua
mulher!
RENATÃO -
Minha mulher, não! Mulher do armador sueco Erick Heden. Eu fui o
primeiro da lista.
SAMUCA -
(continuava espantado, lendo a notícia) Ela tomou um porre e foi em
cana!
RENATÃO -
(completou) Foi em cana e perdeu a guerra!
CARLINHA
ENTROU CORRENDO NA SALA.
CARLINHA - Bom
dia, papaizinho!
RENATÃO -
Estamos salvos, querida! O inimigo caiu prisioneiro!
RENATÃO
CARREGOU A FILHA NOS BRAÇOS E COMEÇOU A DANÇAR COM ELA, IMITANDO TOQUES DE
CORNETA. TIA COLÓ E KONSTANTÓPULUS SURGIRAM NA PORTA, CURIOSOS. RENATÃO SEGUROU
TIA COLÓ PELAS MÃOS E A OBRIGOU A RODAR COM ELE.
RENATÃO -
Vitória, tia Coló! Vitória! O inimigo vai ser obrigado a depor as armas!
SAMUCA - (que
só então percebeu o golpe) Saquei! Genial! Genial, Renatão!
RENATÃO - Pois
é, velho. O inimigo está desmoralizado, perdido, arrasado (e gritou para o
mordomo) Konstan! Traga o canhão, vamos comemorar!
KONSTANTÓPULUS
FOI ATÉ O QUARTO E VOLTOU TRAZENDO A ESPINGARDA, QUE ENTREGOU NAS MÃOS DO
PATRÃO. ESTE DIRIGIU-SE PARA A JANELA E APONTOU PARA FORA. TIA COLÓ TAPOU OS
OUVIDOS, APAVORADA.
TIA COLÓ - Meu
Deus, que é isso! Você perdeu o juízo, Natinho?
RENATÃO -
Atenção, pelotão! Fogo!
O BARULHO
DOS TIROS MISTURAVA-SE AO SOM DAS BUZINAS DOS CARROS LÁ EMBAIXO, NUM PEQUENO
ENGARRAFAMENTO NA VIEIRA SOUTO.
CORTA PARA:
CENA
6 - DELEGACIA
- CELA DE MARISA -
INT. - DIA.
MARISA TIROU
UM PÉ DE SAPATO E BATEU COM ELE NAS GRADES, PARA CHAMAR A ATENÇÃO DO GUARDA, LÁ
FORA.
MARISA - Abra
aqui! Abra, senão vocês vão se arrepender! Abra! Eu quero sair!
O GUARDA NÃO
SE MOVEU, E ELA ATIROU O SAPATO NELE.
MARISA -
Ficou surdo? Eu exijo que me tirem daqui ou vão pagar muito caro por
essa ofensa! O senhor sabe quem eu sou, por acaso?
POLICIAL - Ô
perua barraqueira, fica quieta ou vai pra cela do castigo, sem direito nem à
luz do dia! Tá pensando que isso aqui é o seu muquifo?
MARISA -
(indignada) Perua barraqueira? Meu muquifo?! Mas o que é isso... Só pode
ser pegadinha! Onde estão as câmeras? Onde? Nunca fui tão afrontada!
AS PRESAS E
O GUARDA CAÍRAM NA GARGALHADA.
CORTA PARA:
CENA 7 -
DELEGACIA - SALA DO DELEGADO FONTOURA -
INT. - DIA.
DELEGADO FONTOURA - Mas
o que é isso? Que gritaria é essa?
DETETIVE JONAS - É a
tal da Marisa Heden, fazendo o maior escândalo na cela!
SÚBITO, RODOLFO AUGUSTO ENTROU NA SALA.
RODOLFO AUGUSTO - Bom
dia, seu delegado! Desculpe ir entrando
assim, mas é que acabei de ler
uma notícia espantosa no jornal:
prenderam minha irmã, Marisa Heden! (elevou a voz) Sabe, doutor Fontoura, ela é
uma moça muito distinta, mulher de um milionário sueco. Não terá sido um
equívoco, um terrível engano?
O DELEGADO FONTOURA
E O DETETIVE JONAS OLHARAM-SE, PARECENDO SE DIVERTIR COM OS TREJEITOS DO
COSTUREIRO.
DELEGADO FONTOURA - Jonas,
diga ao cabo Jorge que traga a mulher.
JONAS SAIU.
DELEGADO FONTOURA - Seu Rodolfo
Augusto, como vai sua fantasia? Pronto pra desfilar no Municipal?
RODOLFO AUGUSTO - Ah,
estão muito bem. Felizmente, consegui terminar a do Sírio Libanês: Sonho de um
Beduíno!
DELEGADO FONTOURA - O
Beduíno é o senhor...
RODOLFO AUGUSTO -
Evidente!
MARISA
SURGIU NO UMBRAL DA PORTA. ESTAVA NERVOSA E EXTERIORIZAVA TODA A SUA
INDIGNAÇÃO.
MARISA -
Nunca fui tão ultrajada, tão humilhada em toda a minha vida!
RODOLFO AUGUSTO -
Mana! (correu para ela e abraçou-a, delicadamente) Li no jornal, que
coisa horrível fizeram com você!
DELEGADO FONTOURA - Mas
é a senhora? Acho que já nos conhecemos, não?
MARISA - É
claro que nos conhecemos! (deu um passo à frente, diante da expressão maliciosa
do delegado) O que os seus policias fizeram comigo é revoltante, indesculpável!
RODOLFO AUGUSTO -
(revirando os olhos) Inominável, mana! Inominável!
O DELEGADO
CONSULTOU O LIVRO DE OCORRÊNCIAS.
DELEGADO FONTOURA - D. Marisa,
a senhora é acusada de ter depredado seu apartamento em estado de embriaguez,
de ter ameaçado a vida dos transeuntes da Rua Montenegro atirando garrafas da
janela, de ter atentado contra a moral dizendo palavrões e de ter
infringido a Lei do Silêncio, além de desacato à autoridade, resistindo à
prisão.
ENQUANTO O
DELEGADO LIA O RELATO ESCRITO NO LIVRO, MARISA BALANÇAVA A CABEÇA, DISCORDANDO.
MARISA - Eu
não me lembro de ter feito nada disso. (e lembrando-se de algo) Ei, espere aí,
e a pessoa que estava comigo?
DELEGADO FONTOURA - A
senhora estava sozinha quando foi presa.
MARISA -
Patife! Ele se mandou! Bem, se o senhor pode me por em liberdade pagando
fiança, eu pago!
DELEGADO FONTOURA -
(sacudiu a cabeça) Não vou cobrar fiança nenhuma. A senhora pode ir
embora. Mas, da próxima vez, modere-se. Porque não há juiz que vá entregar a
guarda de uma criança a uma alcoólatra!
MARISA
ENTENDEU. HAVIA PERCEBIDO O GOLPE DESFECHADO POR RENATÃO.
MARISA -
(fitou o irmão, aflita) Foi ele, Rodolfo Augusto... o Renatão! Aquele
canalha! Estou perdida!
RODOLFO AUGUSTO - (fez
um muxoxo) Ai, maninha, como pôde cair num golpe desses?
CORTA PARA:
CENA
8 - BANCO OLIVEIRA RAMOS - SALA
DE OLIVEIRA - INT.
- DIA.
D. VIRGÍNIA -
(pelo interfone) Doutor Oliveira,
a sua ligação para a Casa de Saúde Dr. Leivas, na linha 2.
OLIVEIRA RAMOS -
Obrigado, D. Virgínia. (tirou o fone do gancho) Alô! Aqui é Oliveira
Ramos. E então, ela já
foi localizada? Não? Nenhuma
notícia? (franziu o cenho, preocupado) Entendi... certo. Por favor, qualquer
novidade, qualquer pista dela, me liguem com urgência. Vou ficar aguardando.
Obrigado.
O BANQUEIRO
SACUDIU A CABEÇA, NERVOSO.
OLIVEIRA RAMOS - Onde
se meteu aquela maluca? Caramba, só me faltava essa agora!
CORTA PARA:
CENA
9 - HOSPITAL
- SALA DE ESPERA -
INT. - DIA.
SAMUCA
ESTAVA SENTADO, LENDO UMA REVISTA, QUANDO O MÉDICO SURGIU NA SALA.
SAMUCA -
(levantou-se e foi ao seu encontro) E então, doutor? Como ela está?
MÉDICO - O
estado de D. Consuelo continua muito grave, meu rapaz. Ela está dormindo á base
de sedativos. Só nos resta esperar... Reze, rapaz. Reze bastante.
JOANINHA
ENTROU NA SALA. AVISTOU SAMUCA E FOI AO SEU ENCONTRO, PISANDO FIRME.
JOANINHA - Você
não faz mais nada na vida além de servir de babá pra essa velhota?
SAMUCA - Fale
baixo, Joaninha, isso aqui é um hospital!
JOANINHA - Olha
aqui, Samuca, eu já tou ficando cheia desta situação! Você não tem mais tempo
pra mim! Não me procura mais, tá sempre ao lado dessa velha caquética!
SAMUCA - Pare
com isso, Joana! Ela está nas últimas! Tenha um pouco de compaixão com a
coitada!
JOANINHA - (fez
uma pausa) É mesmo? É tão grave, assim?
SAMUCA -
Gravíssimo! Tá no morre, não morre!
CORTA PARA:
CENA 10 -
APARTAMENTO DE EMILIANO - SALA
- INT. - NOITE
EMILIANO
ENCHEU AS TAÇAS DE CHAMPANHA E ENTREGOU-AS A VÍTOR E MARIETA, QUE RECUSOU,
MUITO SÉRIA.
MARIETA -
Obrigada, eu não bebo! Além disso, não tenho nada para comemorar!
EMILIANO - Que
é isso, mulher! Amanhã é o dia do casamento do Vítor! Isso não é motivo pra
comemoração?
VÍTOR
- (fitou a mulher,
carinhosamente) Por favor, D. Marieta... eu queria dizer que sou muito grato a
vocês por tudo o que fizeram por mim. Considero vocês minha família aqui no
Rio. Ficarei muito feliz, não só por
esse brinde, mas se puder contar com a bênção de vocês amanhã, na igreja, e na
recepção na casa do Dr. Oliveira...
MARIETA - Na
casa dela?
EMILIANO -
Marieta...
VÍTOR
- (quase súplice) Por mim.
Posso... contar com sua presença e do seu Emiliano?
VENCIDA, MARIETA
PEGOU A TAÇA E TODOS ERGUERAM AS MÃOS, BRINDANDO.
EMILIANO - Aos
noivos! Que você seja muito feliz, Vítor!
VÍTOR
- Muito obrigado, meus amigos
queridos!
CORTA PARA:
CENA
10 - IGREJA DE SÃO JOSÉ - INT. - DIA.
NO DIA
SEGUINTE, HELÔ ENTROU NA IGREJA, BELÍSSIMA, NUM VESTIDO BRANCO EM ORGANZA
BRILHANTE, DE BRAÇOS DADOS COM O PAI, OLIVEIRA RAMOS, QUE CONDUZIU-A
AO ALTAR, ORGULHOSO, ONDE VÍTOR A AGUARDAVA. DEU - LHE O BRAÇO E CONDUZIU-A, EMOCIONADO,
À PRESENÇA DE D. ELISEU, QUE OFICIOU A CERIMÔNIA. ESTAVAM PRESENTES DANUSA, MARISA,
VERINHA, BABI, RENATÃO, SAMUCA, MARCOS E MISS JULY, ENTRE DEZENAS DE CONVIDADOS
AMIGOS DE HELÔ E DO BANQUEIRO.
QUANDO TODOS
SE RETIRAVAM DA IGREJA, APENAS UMA MULHER ESTRANHA FOI NOTADA, SEGUINDO A NOIVA
COM UM OLHAR DE TERNURA.
MULHER -
(limpou uma lágrima) Meu Deus, como é linda!...
FIM DO CAPÍTULO 38
Vítor e Helô
e no próximo capítulo...
*** A comemoração do casamento de Vítor e Helô no apartamento de Oliveira Ramos, onde convidados são atirados na piscina e é feita uma importante revelação!
NÃO PERCA O CAPÍTULO 39 DE
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