Novela de Antonio Figueira
Inspirada na Obra de Dias Gomes
Inspirada na Obra de Dias Gomes
Fonte: http://youtu.be/zIuryHGvAVc
CAPÍTULO 62
Personagens deste capítulo:
VÍTOR
HELÔ
ARAKEN
RENATÃO
SAMUCA
DOM JOSÉ
D. CONSUELO
MISS JULY
CELSO BARROSO
DETETIVE JONAS
DELEGADO FONTOURA
OLIVEIRA RAMOS
D. DIDI
D. MARIETA
EMILIANO
HELÔ
ARAKEN
RENATÃO
SAMUCA
DOM JOSÉ
D. CONSUELO
MISS JULY
CELSO BARROSO
DETETIVE JONAS
DELEGADO FONTOURA
OLIVEIRA RAMOS
D. DIDI
D. MARIETA
EMILIANO
CENA 1 - PENSÃO PRIMAVERA - QUARTO DE VÍTOR - INT. - NOITE.
A NOITE JÁ HAVIA CAÍDO, QUANDO VÍTOR ABRIU A PORTA DO QUARTO PARA D. DIDI, ACOMPANHADA PELO DETETIVE JONAS E MAIS DOIS TIRAS.
D. DIDI - (assustada) O senhor me desculpe, padre, mas esses homens são da polícia e insistem em falar com o senhor!
VÍTOR - Tudo bem, obrigado, D. Didi. Entrem, por favor. O que desejam?
DETETIVE JONAS - Recebemos uma denúncia contra o senhor. Uma denúncia bastante grave. Não queremos fazer escândalo, por isso será melhor que o senhor consinta na busca!
D. DIDI LEVOU A MÃO À BOCA, ESCANDALIZADA.
VÍTOR - Busca? Mas que busca? Isso é um absurdo! Denúncia de quê?!
A UM SINAL DE JONAS, OS TIRAS INICIARAM A VISTORIA DO QUARTO. ABRIRAM GAVETAS, DESARRUMARAM TUDO, INCLUSIVE SEUS LIVROS. ATÉ QUE UM DELES LEVANTOU O COLCHÃO E VIU AS CAIXAS.
TIRA 1 - (mostrou a Jonas, como um troféu) Aqui estão, Detetive!
SOB OS OLHARES PERPLEXOS DE VÍTOR E D. DIDI, JONAS EXAMINOU AS CAIXAS E DIRIGIU-SE A VÍTOR, MUITO SÉRIO.
DETETIVE JONAS - Senhor Vítor Mariano, o senhor está preso, em nome da lei!
VÍTOR - Pre... preso?!
CORTA PARA:
CENA 2 - APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS - SALA DE JANTAR - INT. - DIA.
MISS JULY SERVIA O CAFÉ, NO MOMENTO EM QUE OLIVEIRA RAMOS FOI ATRAÍDO PELA MANCHETE DE PRIMEIRA PÁGINA DA “FOLHA DO RIO”.
OLIVEIRA RAMOS - (leu, ansioso) “Ex-padre é preso envolvido com tráfico de drogas”!
MISS JULY - (sem acreditar no que ouvia) Meu Deus! Mas é... é...
OLIVEIRA RAMOS - (cortou) É ele mesmo! Vítor, meu genro e marido de minha filha! (continuou a ler) “Vítor Mariano, ex-padre, foi preso ontem á noite, envolvido com uma quadrilha de contrabandistas e traficantes de drogas...”
MISS JULY - (estupefata) Meu Deus! Mas isso não pode ser verdade! Deve haver algum engano! Ai, coitada da Helô, quando souber!...
OLIVEIRA RAMOS - Cadê ela?
MISS JULY - No quarto. Ainda não acordou.
OLIVEIRA RAMOS LEVANTOU-SE DA MESA.
OLIVEIRA RAMOS - Vou pro escritório. Preciso dar um telefonema agora!
MISS JULY - Não vai tomar café?...
OLIVEIRA RAMOS - (afastando-se) Depois, Miss July. Depois.
CORTA PARA:
CENA 3 - APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS - ESCRITÓRIO - INT. - DIA.
OLIVEIRA RAMOS - (exultante) Alô, Renatão? Acabei de ler o jornal! Então deu tudo certo!
DO OUTRO LADO DA LINHA, RENATÃO DEMONSTRAVA ENTUSIASMO E SATISFAÇÃO.
RENATÃO - Exato, doutor Oliveira. Tudo conforme planejado. O nosso padre Vítor está atrás das grades!
OLIVEIRA RAMOS - Muito bom. Muito bom, Renatão.
OLIVEIRA DESLIGOU E DISCOU OUTRO NÚMERO EM SEGUIDA.
OLIVEIRA RAMOS - Gouveia Neto? Aqui é Oliveira Ramos. Acabei de ler a reportagem sobre a prisão do Vítor. Está tudo bem, mas quero acertar com você para que a “Folha do Rio” dê uma maneirada na cobertura, a fim de não dar na vista, mas deixando aos demais jornais a primazia de fazer o escândalo. Entendeu? Isso, isso mesmo. Um abraço!
CORTA PARA:
CENA 4 - DELEGACIA - SALA DO DELEGADO FONTOURA - INT. - DIA.
FONTOURA E O DETETIVE JONAS CONVERSAVAM SOBRE O ASSUNTO DO DIA.
DELEGADO FONTOURA - Bem, Jonas, ao final de algumas diligências e acareações, cheguei à conclusão, muito lógica, que que há alguma coisa arranjada em torno desse caso... (coçou o queixo, pensativo) Sabe o que me intriga? É que tudo está certinho demais. Todas as peças no lugar. Não pode ser assim!
DETETIVE JONAS - Do que o senhor está desconfiado?
DELEGADO FONTOURA - Não sei. Não é nada concreto. Só instinto.
JONAS COÇOU A CABEÇA, TENTANDO IMAGINAR O QUE PODERIA ESTAR ERRADO.
DETETIVE JONAS - Puxa! “Bola 2” acusou o padre, a gente foi lá no quarto dele e achou a muamba. Depois ele reconheceu o padre. Tá na cara...
DELEGADO FONTOURA - Pois é isso que me intriga. Tudo muito certo. E a atitude de Oliveira também é meio esquisita. No fundo, parece que está gostando que o genro esteja preso!
D. DIDI - (assustada) O senhor me desculpe, padre, mas esses homens são da polícia e insistem em falar com o senhor!
VÍTOR - Tudo bem, obrigado, D. Didi. Entrem, por favor. O que desejam?
DETETIVE JONAS - Recebemos uma denúncia contra o senhor. Uma denúncia bastante grave. Não queremos fazer escândalo, por isso será melhor que o senhor consinta na busca!
D. DIDI LEVOU A MÃO À BOCA, ESCANDALIZADA.
VÍTOR - Busca? Mas que busca? Isso é um absurdo! Denúncia de quê?!
A UM SINAL DE JONAS, OS TIRAS INICIARAM A VISTORIA DO QUARTO. ABRIRAM GAVETAS, DESARRUMARAM TUDO, INCLUSIVE SEUS LIVROS. ATÉ QUE UM DELES LEVANTOU O COLCHÃO E VIU AS CAIXAS.
TIRA 1 - (mostrou a Jonas, como um troféu) Aqui estão, Detetive!
SOB OS OLHARES PERPLEXOS DE VÍTOR E D. DIDI, JONAS EXAMINOU AS CAIXAS E DIRIGIU-SE A VÍTOR, MUITO SÉRIO.
DETETIVE JONAS - Senhor Vítor Mariano, o senhor está preso, em nome da lei!
VÍTOR - Pre... preso?!
CORTA PARA:
CENA 2 - APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS - SALA DE JANTAR - INT. - DIA.
MISS JULY SERVIA O CAFÉ, NO MOMENTO EM QUE OLIVEIRA RAMOS FOI ATRAÍDO PELA MANCHETE DE PRIMEIRA PÁGINA DA “FOLHA DO RIO”.
OLIVEIRA RAMOS - (leu, ansioso) “Ex-padre é preso envolvido com tráfico de drogas”!
MISS JULY - (sem acreditar no que ouvia) Meu Deus! Mas é... é...
OLIVEIRA RAMOS - (cortou) É ele mesmo! Vítor, meu genro e marido de minha filha! (continuou a ler) “Vítor Mariano, ex-padre, foi preso ontem á noite, envolvido com uma quadrilha de contrabandistas e traficantes de drogas...”
MISS JULY - (estupefata) Meu Deus! Mas isso não pode ser verdade! Deve haver algum engano! Ai, coitada da Helô, quando souber!...
OLIVEIRA RAMOS - Cadê ela?
MISS JULY - No quarto. Ainda não acordou.
OLIVEIRA RAMOS LEVANTOU-SE DA MESA.
OLIVEIRA RAMOS - Vou pro escritório. Preciso dar um telefonema agora!
MISS JULY - Não vai tomar café?...
OLIVEIRA RAMOS - (afastando-se) Depois, Miss July. Depois.
CORTA PARA:
CENA 3 - APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS - ESCRITÓRIO - INT. - DIA.
OLIVEIRA RAMOS - (exultante) Alô, Renatão? Acabei de ler o jornal! Então deu tudo certo!
DO OUTRO LADO DA LINHA, RENATÃO DEMONSTRAVA ENTUSIASMO E SATISFAÇÃO.
RENATÃO - Exato, doutor Oliveira. Tudo conforme planejado. O nosso padre Vítor está atrás das grades!
OLIVEIRA RAMOS - Muito bom. Muito bom, Renatão.
OLIVEIRA DESLIGOU E DISCOU OUTRO NÚMERO EM SEGUIDA.
OLIVEIRA RAMOS - Gouveia Neto? Aqui é Oliveira Ramos. Acabei de ler a reportagem sobre a prisão do Vítor. Está tudo bem, mas quero acertar com você para que a “Folha do Rio” dê uma maneirada na cobertura, a fim de não dar na vista, mas deixando aos demais jornais a primazia de fazer o escândalo. Entendeu? Isso, isso mesmo. Um abraço!
CORTA PARA:
CENA 4 - DELEGACIA - SALA DO DELEGADO FONTOURA - INT. - DIA.
FONTOURA E O DETETIVE JONAS CONVERSAVAM SOBRE O ASSUNTO DO DIA.
DELEGADO FONTOURA - Bem, Jonas, ao final de algumas diligências e acareações, cheguei à conclusão, muito lógica, que que há alguma coisa arranjada em torno desse caso... (coçou o queixo, pensativo) Sabe o que me intriga? É que tudo está certinho demais. Todas as peças no lugar. Não pode ser assim!
DETETIVE JONAS - Do que o senhor está desconfiado?
DELEGADO FONTOURA - Não sei. Não é nada concreto. Só instinto.
JONAS COÇOU A CABEÇA, TENTANDO IMAGINAR O QUE PODERIA ESTAR ERRADO.
DETETIVE JONAS - Puxa! “Bola 2” acusou o padre, a gente foi lá no quarto dele e achou a muamba. Depois ele reconheceu o padre. Tá na cara...
DELEGADO FONTOURA - Pois é isso que me intriga. Tudo muito certo. E a atitude de Oliveira também é meio esquisita. No fundo, parece que está gostando que o genro esteja preso!
DETETIVE JONAS - Sério?... Ele deu a entender isso?
DELEGADO FONTOURA - A governanta dele, uma tal de Miss July, ligou, querendo notícias do padre, mas ele ignorou completamente a prisão. Muito pelo contrário: tentei falar com ele duas vezes. Só consegui na segunda tentativa, e ele foi muito frio. Disse que estava ocupado e sem tempo pra este assunto!
CORTA PARA:
CENA 5 - APARTAMENTO DE EMILIANO - QUARTO - INT. - DIA.
EMILIANO SE ARRUMAVA PARA IR PARA O BANCO TRABALHAR, QUANDO D. MARIETA ENTROU NO QUARTO, ESBAFORIDA, COM O JORNAL NA MÃO.
D. MARIETA - Emiliano! Uma desgraça! (mostrou a manchete) Olha pra isso!
EMILIANO - “Ex-padre é preso envolvido com tráfico de drogas”! (vociferou, indignado) Mas isso é uma mentira, um disparate!
D. MARIETA - Vítor, preso! Foi ela! Eu sabia! Ela desgraçou a vida dele! Está se vingando por ele ter se separado dela!
EMILIANO - Não fala isso, mulher! É uma acusação muito séria!
D. MARIETA - (batendo o jornal com a mão) Tá na cara! Foi vingança da Helô! Eu falei pra vocês que ela não prestava, mas ninguém quis me ouvir!
CORTA PARA:
CENA 6 - BANCO OLIVEIRA RAMOS - SALA DE OLIVEIRA - INT. - DIA.
HELÔ - (encaminhou-se para a mesa do pai, com a “Folha do Rio” nas mãos) Oliveira Ramos!
O BANQUEIRO E OS ACIONISTAS VOLTARAM-SE AO MESMO TEMPO, SURPRESOS.
OLIVEIRA RAMOS - Helô! Minha filha, estamos no meio de uma reunião e...
HELÔ - (agressiva, jogou o jornal na mesa) Quero que chame seus advogados e mande libertar Vítor agora!
OLIVEIRA RAMOS - Minha filha, você sabe que eu não...
HELÔ - (cortou, autoritária, a voz trêmula) Agora, Oliveira Ramos! Faça isso agora, ou não respondo por mim! Nem sei do que sou capaz! Faço o maior escãndalo que você nunca mais vai esquecer!
OLIVEIRA RAMOS - Calma, minha filha! Está bem, eu vou falar com nossos advogados. Mas, por favor, fique calma!
CORTA PARA:
CENA 7 - APARTAMENTO DE RENATÃO - SALA - INT. - DIA.
O TELEFONE TOCOU. KONSTANTÓPULUS ATENDEU.
KONSTANTÓPULUS - Alô! Um momento, D. Consuelo. (cobriu o bocal com a mão e dirigiu-se a Samuca, que acabava de chegar) Seu Samuca, é para o senhor. É D. Consuelo. Está muito nervosa. Já ligou umas dez vezes!
SAMUCA - Não quero falar com ela!
KONSTANTÓPULUS - Mas, o que eu digo?
SAMUCA - Diga que eu viajei pro Nepal, que fui pra Marte, que eu morri! Diga o que quiser, Konstan, mas, com ela, eu não quero assunto!
CORTA PARA:
CENA 8 - APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS - SALA - INT. - DIA.
A CAMPAINHA TOCOU INSISTENTEMENTE. MISS JULY CORREU A ATENDER. ERA O ADVOGADO CELSO BARROSO, ACOMPANHADO DE DOIS POLICIAIS.
DR. CELSO - Bom dia, senhora.
MISS JULY - Bom dia. O que desejam?
DR. CELSO - Meu nome é Celso Barroso. Sou advogado de D. Jurema de Alencar. (mostrou-lhe uma folha de papel timbrado) Tenho uma ordem de busca nesta casa!
MISS JULY - (indecisa) Busca? Mas... busca de quê?!
DR. CELSO - O medalhão de D. Helô, que foi encontrado junto ao corpo de Nívea Louzada.
MISS JULY - Ah, sei... Sinto muito, mas o Doutor Oliveira está no trabalho e...
DR. CELSO - (cortou) Pois então, por favor, ligue para ele, porque vamos fazer essa busca com ou sem a presença dele!
MISS JULY - Está bem, eu vou ligar. Entrem, por favor. Um momento.
CELSO BARROSO E OS POLICIAS ENTRARAM, E MISS JULY COMEÇOU A DISCAR PARA O BANCO OLIVEIRA RAMOS.
CORTA PARA:
CENA 9 - APARTAMENTO DE RENATÃO - SALA - INT. - DIA.
“ALELUIA!” “ALELUIA!” KONSTANTÓPULUS ABRIU A PORTA E DEU PASSAGEM A D. CONSUELO, QUE ENTROU EM COMPANHIA DE DOM JOSÉ.
D. CONSUELO - ¿Dónde está Samuquito? Yo necesito hablar con el! Y yo no me voy sin verlo!
KONSTANTÓPULUS MOSTROU-SE, A PRINCÍPIO, INDECISO, MAS ANTE A FIRMEZA DA VELHA SENHORA, ACHOU MELHOR CHAMAR SAMUCA, QUE, EM POUCOS MINUTOS, SURGIU NA SALA..
SAMUCA - O que vocês querem aqui? Não chega a mentirada toda que me envolveu, Consuelo? Não temos mais nada a dizer.
D. CONSUELO - (suplicou) Por favor, Samuquito, dame una oportunidad! Estoy sufriendo mucho con nuestra separación!
SAMUCA - Não. Você atrapalhou demais a minha vida. Por sua causa, Joaninha não quer mais falar comigo. Nossa conversa agora é só através de um advogado!
D. CONSUELO - (cambaleou, e foi amparada por Dom José) No puedes hacer esto a mí. Te amo, Samuquito!
DOM JOSÉ - (preocupado com o estado emocional da velha) Señor Samuca, te pido que hables con D. Consuelo. Ella insistió en venir, pero es muy débil, muy fraca! ... (e apelou) Recuerda: todas las cosas locas el hizo por amor, para tener usted a su lado!
SAMUCA - (mostrou-se irredutível) Já disse que não temos mais nada a dizer. Por favor, vão embora e me deixem em paz!
NAQUELE MOMENTO, D. CONSUELO LEVOU A MÃO AO PEITO, FEZ UMA CARETA DE DOR E CAIU NOS BRAÇOS DE DOM JOSÉ, QUE, COM O AUXÍLIO DE SAMUCA, DEITOU-A NO DIVÃ.
DOM JOSÉ - (muito nervoso, tomou-lhe o pulso) Mi Dios!...
SAMUCA - (olhos arregalados) O... o que aconteceu?
DOM JOSÉ - (balbuciou, muito pálido) Está muerta!
SAMUCA - (atônito) Mor... morta?! Não... não pode ser!
DOM JOSÉ - (confirmou, com tristeza na voz) Desafortunadamente, es cierto. Su corazón dejó de bater. Murió como un pequeño pájaro. D. Consuelo si fue, señor Samuca. Si fue para siempre.
CORTA PARA:
CENA 10 - “’FOLHA DO RIO” - REDAÇÃO - INT. - DIA.
ARAKEN - (ao celular) E então, Dr. Celso? Fez a busca? Conseguiram encontrar o medalhão?
DR. CELSO - (off) Fizemos a busca, Araken, mas, infelizmente, não encontramos nada!
ARAKEN - Eu imaginei que não seria tão fácil! Esse medalhão deve estar muito bem escondido! O Oliveira Ramos é uma águia, não joga pra perder!
DR. CELSO - (desanimado) Pois é... e para piorar, o Ministério Público deu parecer contrário ao pedido de revisão criminal, por insuficiência de provas.
ARAKEN - Então, é chegado o momento de por o plano B em ação!
DR. CELSO - O que você pretende fazer?
ARAKEN - Vou pôr em prática uma idéia que eu tive, pra recuperar esse medalhão! Aguarde notícias minhas. Dr. Celso!
CORTA PARA:
CENA 11 - DELEGACIA - CELA DE VÍTOR - INT. - DIA.
O DELEGADO FONTOURA, EM COMPANHIA DO ADVOGADO DE OLIVEIRA RAMOS, FOI PESSOALMENTE À CARCERAGEM ABRIR A CELA DE VÍTOR.
DELEGADO FONTOURA - Padre Vítor, este é o Dr. Moreira, advogado do Dr. Oliveira Ramos, que está cuidando do seu caso. Ele pagou sua fiança e pediu o relaxamento da prisão. Como o senhor é réu primário e, pessoalmente, acredito na sua inocência, prosseguiremos as investigações com o senhor em liberdade. Está livre. Pode ir embora.
VÍTOR - (surpreso) Mas... eu não pedi nada a Oliveira Ramos. Sou inocente e acredito na justiça.
DR. MOREIRA - (adiantou-se) Padre, desculpe, mas não é o momento para demonstrações de orgulho. Se é inocente, não há motivos para permanecer atrás das grades.
DELEGADO FONTOURA - O Dr. Moreira está certo, padre. Aceite a oferta do seu sogro e aguarde em liberdade o resultado das investigações.
VÍTOR - (refletiu alguns segundos e decidiu) Está bem. Eu vou aceitar.
DELEGADO FONTOURA - Muito bem. Gostaria apenas de lembrá-lo que não poderá ausentar-se da cidade e deverá, a qualquer momento ser intimado a comparecer à delegacia para prestar esclarecimentos.
VÍTOR - Obrigado, Doutor Fontoura. Estarei à sua inteira disposição.
VÍTOR LEVANTOU-SE DO CATRE. OS OLHOS ILUMINARAM-SE E CORREU A JUNTAR ALGUNS PERTENCES NUMA PEQUENA MOCHILA.
CORTA PARA:
CENA 12 - DELEGACIA - EXT. - NOITE.
JÁ NA CALÇADA EM FRENTE À DELEGACIA, VÍTOR DESPEDIU-SE DO DR. MOREIRA E VIROU-SE PARA IR EMBORA, QUANDO ESTACOU, SURPRESO: HELÔ ESTAVA PARADA A ALGUNS METROS, À SUA ESPERA. SORRIA, EMOCIONADA.
VÍTOR - Helô!
HELÔ - Vítor!...
FIM DO CAPÍTULO 62
e no próximo capítulo...
*** Vítor está decidido a descobrir quem armou a cilada para que fosse preso.
*** Lídia, a nova enfermeira, apresenta-se na casa de Oliveira Ramos para cuidar de Elisa.
*** Vítor vai à procura de Mãozinha na Galeria Alaska, em busca da verdade!
NÃO PERCA O CAPÍTULO 63 DE
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