Novela de Antonio Figueira
Inspirada na Obra de Dias Gomes
Inspirada na Obra de Dias Gomes
Fonte: http://youtu.be/zIuryHGvAVc
CAPÍTULO 65
Personagens deste capítulo:
VÍTOR
HELÔ
OLIVEIRA RAMOS
EMILIANO
RENATÃO
SAMUCA
D. MARIETA
KONSTANTÓPULUS
MISS JULY
JOANINHA
CENA
1 - ARPOADOR
- CALÇADÃO -
EXT. - DIA.
Continuação Imediata da Última Cena do Capítulo
Anterior.
DIANTE DO
BELO ESPETÁCULO DO PÔR-DO-SOL DE IPANEMA, AO LONGE, EM MEIO A DEZENAS DE
PESSOAS QUE CAMINHAVAM NAQUELE FIM DE TARDE, VÍTOR E HELÔ SE RECONHECERAM E
CAMINHARAM UM AO ENCONTRO DO OUTRO, COMO QUE ATRAÍDOS POR UM ÍMÂ.
ERA COMO SE
NINGUÉM MAIS EXISTISSE, ALÉM DELES, NA FACE DA TERRA. APROXIMARAM-SE MAIS E
MAIS, E SEM DIZER QUALQUER PALAVRA, ABRAÇARAM-SE, EMOCIONADOS, E BEIJARAM-SE
NOS LÁBIOS, COM ARDOR.
VÍTOR
- (murmurou ao seu ouvido) Senti
muito a sua falta!...
HELÔ NÃO
CABIA EM SI DE FELICIDADE. SORRIA, ENTRE LÁGRIMAS.
HELÔ
- Eu te amo, Vítor Mariano.
VÍTOR
- Eu também te amo, Heloísa.
CAMINHARAM
DE MÃOS DADAS ATÉ A PEDRA DO ARPOADOR.
HELÔ
- Tenho uma proposta pra te
fazer! Mas não vale dizer não!
VÍTOR
- Então não é uma proposta, é uma
intimação!
HELÔ
- É. Uma intimação! Vamos subir a
serra, passar o fim de semana no sítio de Teresópolis? Quero andar a cavalo,
sentir o cheiro do mato, andar descalça,enfim... curtir a natureza com você.
Topa?
VÍTOR
- Poxa, depois de ficar
trancafiado naquela cadeia, como eu recusaria um convite desses? Ainda mais ao
lado de uma mulher maravilhosa.... (ficou sério, de repente) Helô... tem uma
coisa que eu preciso lhe contar.
PARARAM NUM
LOCAL MAIS AFASTADO. HELÔ FITOU-O NOS OLHOS.
VÍTOR - Eu
descobri que foi seu pai quem armou aquela cilada pra me pôr na cadeia!
HELÔ
- (incrédula) Meu... meu pai?!
Você tem certeza do que está me dizendo?
VÍTOR
- (assentiu com a cabeça) Sinto muito,
mas é preciso que você saiba.
HELÔ
- Mas como meu pai pôde descer
tão baixo? Eu sabia que ele tava indignado com as reportagens, mas chegar a esse ponto!...
VÍTOR
- Ele contou com a ajuda do
Renatão. Foi ele que contratou aqueles dois marginais, o Bola 2 e o Mãozinha,
pra plantarem a droga embaixo do meu colchão. Susi, sua ex-madrasta também
ajudou.
HELÔ
- (arregalou os olhos) Susi?!
VÍTOR
- Ela participou me atraido pra
fora da Pensão, enquanto um dos bandidos fazia o serviço.
HELÔ
- (chocada) Meu Deus, que
horror! Eu sempre soube que Renatão era
um cafajeste e Susi uma vigarista, mas meu próprio pai!... (falou, indignada)
Mas isso não vai ficar assim! Ah, não vai!
VÍTOR
- (segurou-lhe os braços) Calma,
Helô. Não devemos fazer nada de cabeça quente.
HELÔ
- É um absurdo! Meu amor, nem sei
o que dizer... no fundo, eu desconfiava que meu pai tinha algo a ver com essa
história, mas é diferente de ter certeza! Eu... eu tou chocada! O que vamos
fazer? Eles tem que pagar por isso!
VÍTOR
- (falou com tranquilidade)
Calma. Não vamos nos precipitar. Estamos falando do seu pai. Eu sei que nada
justifica o que ele fez, mas pensei bastante.... eu sei que ele se sentiu
atacado com as coisas que publiquei nos jornais. Foi o jeito que ele encontrou
pra me fazer parar.
HELÔ
- (balançou a cabeça, nervosa)
Ah, não acredito, Vítor! Só um santo encontraria argumentos pra defender meu
pai, depois de tudo o que ele fez!
VÍTOR
- Não estou defendendo. Só tentei
entender os seus motivos. Escuta, Helô: o importante é que a gente está aqui,
junto. Estamos felizes, isso é o que importa. Quanto a eles... a vida vai se
encarregar de dar o merecido castigo. Mas isso, pra mim, já não tem a menor
importância, entende?
HELÔ
OLHOU-O, COM ADMIRAÇÃO.
HELÔ
- (falou, emocionada) Quanto mais te conheço, mais eu te amo e te admiro (e com lágrimas nos olhos) Eu preciso muito de
você, Vítor. Obrigada por me ensinar a ser uma pessoa melhor.
VÍTOR
- Que isso, Helô... Sou um homem
cheio de defeitos. Também tenho meus momentos de fúria, vivo sempre tentando
acertar...
HELÔ
- Jura que nunca mais vai me deixar?
VÍTOR
- Eu prometo. E se você tropeçar,
vou estar sempre por perto pra te segurar.
ABRAÇARAM-SE
POR LONGO TEMPO. AO FUNDO, O BARULHO DAS ONDAS CHOCANDO-SE NAS PEDRAS.
CORTA PARA:
CENA 2 - APARTAMENTO
DE RENATÃO - SALA
- INT. - DIA.
RENATÃO
ESTAVA DEITADO NO DIVÃ, COM UM COPO DE UÍSQUE NA MÃO. KONSTANTÓPULUS ENTROU NA
SALA, TRAZENDO UM ENVELOPE.
KONSTANTÓPULUS - Meu
patrão, chegou um convite pro senhor.
RENATÃO -
(olhando para o teto) Não tou interessado, Konstan. Deixa aí...
KONSTANTÓPULUS -
(insistiu, preocupado com o estado de prostração do playboy) Nem quer
saber quem mandou?
RENATÃO -
(entediado) Tá bem, Konstan. Veja de quem é o convite e pra quê...
KONSTANTÓPULUS -
(abriu o envelope e leu) O senhor não vai acreditar! O convite é... do
casamento de Rodolfo Augusto e Maria Regina!
RENATÃO -
(bebendo mais um gole) Tá vendo só, Konstan? Até aquela “borboleta” do
Rodolfo Augusto arrumou alguém, e eu aqui, sozinho...
KONSTANTÓPULUS - Seu
Renatão, não esqueça que o senhor tá sozinho porque não quer compromisso sério
com ninguém!
RENATÃO - E eu
tou errado por considerar o casamento uma instituição falida? Quem foi que
inventou que uma argola no dedo é sinônimo de segurança? Eu desisto de tentar
entender as mulheres, Konstan. Vou virar monge. Vou morar no Tibete.
SAMUCA
SURGIU NA SALA, ANIMADO.
SAMUCA -
(esfregando as mãos de contentamento) Velho, vou sair. Adivinha:
finalmente a Joaninha aceitou sair comigo pra conversar! Devagar, vou conseguir
amansar a fera.
RENATÃO
RESPONDEU, COM TRISTEZA NO OLHAR.
RENATÃO - Boa
sorte.
SAMUCA - O
que é isso? Ô cara, que baixo astral é esse? Cê não acha que tá na hora de
acabar com esse “luto”?
KONSTANTÓPULUS - Ele
está assim desde ontem, quando dona Babi foi embora.
SAMUCA -
Então chega, velho! Dois dias é tempo suficiente pra sair dessa e voltar
ao ataque. Faz o seguinte: toma um banho, pôe uma roupa maneira e vem comigo
pro Castelinho. Lá eu fico com a Joana e você encontra a turma. Vamos?
RENATÃO
ENTREGOU O COPO A KONSTANTÓPULUS E ERGUEU-SE.
RENATÃO - É, acho
que você tem razão. Eu tava pensando aqui e cheguei a uma conclusão: esse negócio de
depressão, dor-de-cotovelo,
não combina comigo. Já deu! (levantou-se) Você me espera?
SAMUCA E
KONSTANTÓPULUS SORRIRAM, ALIVIADOS.
SAMUCA -
Claro que eu espero, velho! Vai, vai lá! Não demora, hem!
CORTA PARA:
CENA 3 - CASTELINHO -
EXT. - NOITE.
SAMUCA E
RENATÃO FORAM CAMINHANDO ATÉ O CASTELINHO.
RENATÃO
OLHOU PARA DENTRO DO RECINTO ATRAVÉS DO VIDRO DA JANELA, DIVISOU UM GRUPO DE
PESSOAS QUE BEBIAM E CONVERSAVAM ANIMADAMENTE. ENTRE ELES, NELSON MOTA,
RICARDINHO E MARIO MALUCO. ACENOU.
RENATÃO -
(para Samuca) E aí, vai entrar?
SAMUCA - Não.
Marquei aqui com Joaninha. Vou esperar ela chegar.
RENATÃO - Bom,
então mais tarde a gente se vê.
RENATÃO
ENTROU NO BAR. SAMUCA FICOU PARADO ALGUNS MINUTOS E SORRIU AO VER JOANINHA
CHEGAR.
SAMUCA - Oi.
JOANINHA - Oi.
SAMUCA
INCLINOU-SE PARA BEIJÁ-LA, MAS A JOVEM ESQUIVOU-SE.
SAMUCA -
Quer... entrar? Tomar um chopinho?
JOANINHA - Não.
Você sabe que eu não bebo.
SAMUCA - Quer
pegar um cineminha?
JOANINHA - Não
tá meio tarde pra isso?
SAMUCA - Ah,
é... desculpe.
JOANINHA -
Escuta, Samuca: só vim porque você insistiu muito. Diga o que você quer,
porque amanhã eu pego no batente e não posso demorar.
SAMUCA
- Tá, tá... vamos... caminhar um
pouco? Ou prefere sentar num banco, na praia?
JOANINHA - (deu
de ombros) Tanto faz. Vamos.
ATRAVESSARAM
A RUA, LADO A LADO, E SENTARAM-SE NUM BANCO DE CONCRETO NO CALÇADÃO.
SAMUCA -
Senti muito a sua falta.
JOANINHA - A
escolha foi sua. Preferiu casar com a velha a ficar comigo...
SAMUCA -
Joana, você sabe que tudo o que eu fiz foi por...
JOANINHA -
(cortou) Já sei, já conheço essa história. Agora que a velha morreu...
pelo menos você realizou o sonho de ficar rico? Herdou toda a fortuna dela?
SAMUCA - Não.
Ela me enganou. Estava falida.
JOANINHA
ARREGALOU OS OLHOS, SURPRESA.
JOANINHA - O
quê?! Não!
SAMUCA -
(confirmou) Infelizmente, é verdade. A velha comprou mansão, carro e fez
outras dívidas com o empréstimo do Banco Oliveira Ramos. Com a morte dela, tive
que devolver tudo e sair da mansão. Voltei pro apê do Renatão,
com uma mão na frente e outra atrás.
JOANINHA NÃO
CONSEGUIU SE SEGURAR. COMEÇOU A GARGALHAR HISTÈRICAMENTE, CHEGANDO A DOBRAR-SE,
QUASE ENCOSTANDO A CABEÇA NAS PERNAS. SAMUCA, A PRINCÍPIO, FICOU SEM AÇÃO, E EM
SEGUIDA, COMEÇOU A RIR AO MESMO TEMPO. PESSOAS QUE PASSEAVAM NO CALÇADÃO
OLHAVAM COM CURIOSIDADE O CASAL DE MALUCOS QUE GARGALHAVA SEM PARAR.
CORTA PARA:
CENA
4 - APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS - SALA
DE JANTAR - INT.
- DIA.
OLIVEIRA
RAMOS E HELÔ TOMAVAM O CAFÉ DA MANHÃ. O BANQUEIRO LIA O JORNAL, ENQUANTO TOMAVA
UMA XÍCARA DE CAFÉ. MISS JULY ENTROU COM O CELULAR DE HELÔ.
MISS JULY -
Querida, seu celular estava tocando sem parar, no seu quarto.
HELÔ PEGOU O
APARELHO, ANSIOSA E OLHOU NO VISOR.
HELÔ
- Obrigada, Miss July. É Vítor!
OLIVEIRA
ESTREMECEU. DISCRETAMENTE, ACOMPANHOU A CONVERSA, POR TRÁS DO JORNAL.
HELÔ
- Oi, meu amor! Já tou morrendo
de saudade! Sim, claro. Então você vai à casa do seu Emiliano, enquanto eu faço
as malas e passo na pensão pra te pegar em duas horas. Ok. Um beijo!
OLIVEIRA
RAMOS SOLTOU O JORNAL NA MESA E DIRIGIU-SE À FILHA, AUTORITÁRIO.
OLIVEIRA RAMOS -
Posso saber o que está acontecendo? Será que eu entendi bem ou você fez
as pazes com seu ex-marido e estava combinando viajar com ele? Que loucura é
essa, Helô?
HELÔ
- (balançou a cabeça, sorrindo)
Não é nenhuma loucura, meu pai. E Vítor não é ex porque não nos separamos pra
valer. Fiz as pazes com meu marido, sim, e como você ouviu, vamos viajar juntos!
OLIVEIRA RAMOS -
(indignado) Mas... mas isso é um despropósito! Esse rapaz acabou de sair
da cadeia, acusado de tráfico de drogas e...
HELÔ
- (levantou-se, esforçando-se
para controlar a revolta) Chega, papai! Não seja cínico! Nós já sabemos de
tudo. Pode acabar com seu teatro!
OLIVEIRA RAMOS -
(empalideceu) Do... do que você está falando?
HELÔ
- (a voz cortante) Da trama
sórdida que você engendrou, ajudado pelo Renatão, pra pôr meu marido na cadeia!
MISS JULY - Meu
Deus!
HELÔ
- (dirigiu-se a Miss July,
aproveitando seu espanto ante a revelação) É isso mesmo que você ouviu, Miss
July. Meu querido papai teve a coragem de bolar um plano maquiavélico, tendo
como cúmplices, além do Renatão e a pilantra da Susi, dois marginais de quinta!
OLIVEIRA RAMOS -
(acuado, apelou) Cale-se, Helô! Não admito que fale assim comigo! Sou
seu pai e exijo respeito!
HELÔ
- (encarou-o com desprêzo)
Respeito? Como pode exigir, meu pai, uma coisa que você nem sabe o que é: respeito pelo ser humano?
OLIVEIRA
RAMOS, VENCIDO, LEVOU A MÃO AO PEITO E DEIXOU-SE CAIR NA CADEIRA.
OLIVEIRA RAMOS -
Ai... estou com falta de ar... Miss July, por favor.... me traga um
calmante... Ai...
MISS JULY -
(apavorada) Meu Deus, Doutor, fique calmo, vou depressa...
HELÔ
- (sem se abalar) Não se
preocupe, Miss July. Ele vai ficar bem.
Meu pai é
forte como um
touro. Isso é só encenação. (deu-lhe as costas e parou, na porta) Ah, já
ia esquecendo: eu e Vítor conhecemos toda a verdade, não precisa fingir mais. E
meu marido, como o homem generoso que é, perdoou você!
HELÔ SAIU DA
SALA. IMEDIATAMENTE, OLIVEIRA POSICIONOU-SE NA CADEIRA E SUSPIROU, ALIVIADO.
MISS JULY VOLTOU, ESBAFORIDA, COM O CALMANTE.
MISS JULY - Aqui
está, Doutor!
OLIVEIRA RAMOS -
(falou calmamente) Já estou bem, obrigado, Miss July. Por favor, sirva
mais café. Hoje estou com uma fome de lobo!
CORTA PARA:
CORTA PARA:
CENA 5 -
APARTAMENTO DE EMILIANO - SALA - INT.
- DIA.
VÍTOR E
EMILIANO CONVERSAVAM, ENQUANTO MARIETA SERVIA UM CAFEZINHO.
EMILIANO -
Vítor, você sabe que eu te
considero quase um filho. Gosto muito quando vem nos visitar... Sinto que, com
sua presença, nossa Nívea fica mais próxima de nós.
VÍTOR
- Eu compreendo, seu Emiliano.
Isso me deixa muito feliz, porque Nívea vai ter sempre um lugar muito especial
no meu coração.
MARIETA -
(entregando-lhe a xícara de café) Então podia vir nos ver com mais
frequencia. Passa semanas sem dar notícias!
VÍTOR
- Que é isso, D. Marieta. Sempre
que posso, venho aqui. Passei um tempinho sem vir porque... bem, vocês sabem...
com a minha prisão...
MARIETA - Ficamos indignados com a injustiça que
fizeram com você! Falando nisso... já descobriram quem armou essa infâmia pra
te prejudicar?
VÍTOR
- (sem jeito) Dona Marieta, eu...
preferia não falar sobre isso. O importante é que eu estou aqui, livre, e a
vida continua.
EMILIANO - Isso
mesmo, vamos mudar de assunto. Você poderia vir almoçar com a gente, no
domingo. O que acha?
VÍTOR
- Desculpem... domingo eu não
posso.
MARIETA - Mas
como... não pode por quê?
VÍTOR
- (baixou os olhos, ruborizado, e
mentiu) É que... eu vou viajar. Vou a São Paulo.
MARIETA - Vai
a São Paulo... sozinho?
VÍTOR
- Vou.
CORTA PARA:
CENA
6 - PENSÃO PRIMAVERA -
FRENTE - EXT.
- DIA.
HELÔ PAROU O
CARRO EM FRENTE À PENSÃO. EM SEGUIDA, VÍTOR APROXIMOU-SE, COM UMA MOCHILA NAS
COSTAS. HELÔ SAIU DO CARRO, CORREU AO SEU ENCONTRO E ABRAÇOU-O, EMOCIONADA.
HELÔ
- Meu amor eu lembrei! Eu
lembrei!
VÍTOR
- Lembrou o que? Não vá me dizer
que...
HELÔ
- (cortou) Eu lembrei do momento
que dei a Nívea o medalhão! Foi muito antes de ela ser assassinada! Isso quer
dizer que... que não fui eu! Eu não a matei! Não sou uma assassina! Eu não
matei Nívea!
FIM DO CAPÍTULO 65
e no próximo capítulo...
*** Marieta fica indignada ao descobrir que Vítor mentiu; que não viajou para S. Paulo, e sim para Teresópolis em companhia de Helô, após terem feito as pazes.
*** Em Teresópolis, Vítor sugere a Helô que chame o Dr. Leivas para que a hipnotize e, assim, ajude-a a lembrar de todos os seus passos na noite me que Nívea morreu. Helô concorda e o médico é convidado a subir a serra.
*** Rodolfo Augusto e Maria Regina comemoram a primeira capa de revista com a foto do casal.
*** Helô submete-se à hipnose e começa a lembrar da noite em que Nívea morreu!
momentos decisivos!
NÃO PERCA O CAPÍTULO 66 DE
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