quarta-feira, 28 de março de 2012

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU - Capítulo 26

Novela de Toni Figueira
Inspirada na Obra de Dias Gomes
http://youtu.be/zIuryHGvAVc
CAPÍTULO 26

Participam deste capítulo:

MARIA LÚCIA (Aizita Nascimento)
JOANINHA (Susana Moraes)
RENATÃO (Jardel Filho)
SAMUCA (Paulo José)
VÍTOR (Francisco Cuoco)
HELÔ (Dina Sfat)
EMILIANO (Paulo Padilha)
MARIETA (Wanda Lacerda)
NELSON MOTA (Nelson Mota)
D. DIDI (Gracinda Freire)
VERINHA (Djenane Machado)
DELEGADO FONTOURA (Urbano Lóes)
ADELAIDE (Agnes Fontoura)

CENA 1  -  APARTAMENTO DE EMILIANO  -  SALA  -  INT.  -  DIA.

O TELEFONE TOCOU E MARIETA, QUE ACABARA DE CHEGAR DO SALÃO DE BELEZA, CORREU A ATENDER. PÔS A MÃO NO BOCAL E OLHOU PARA VÍTOR E EMILIANO, COM AR DE SURPRÊSA.

MARIETA  -  Vítor... é para você. É o doutor Oliveira Ramos!

VÍTOR ADIANTOU-SE E ATENDEU, SOB O OLHAR DE CURIOSIDADE DO CASAL.

VÍTOR  -  Pois não, doutor Oliveira. Sei... sei... acho que... certo... Está bem, eu aceito o convite. Entendi. Pode contar comigo. Eu vou. Muito obrigado. Combinado. Até logo.

PÔS O FONE NO GANCHO.

MARIETA  -  (sem se conter) O que esse homem queria com você?

EMILIANO  -  (repreendeu a esposa) Marieta! Isso são modos?

VÍTOR  -  O doutor Oliveira Ramos me convidou para passar o fim de semana em seu sítio em Teresópolis.

MARIETA  -  Mas que absurdo! Vocês mal se conhecem! Nem tem intimidade pra um convite desses! E você... aceitou?

VÍTOR  -  (sem se abalar)  Sim, aceitei, dona Marieta. Achei muito gentil da parte dele... Com licença. Vou ver as coisas que terei que levar.

VÍTOR DIRIGIU-SE PARA O QUARTO. MARIETA CRUZOU OS BRAÇOS, EMBURRADA.

MARIETA  -  Vítor é muito ingênuo! Não percebe a armadilha para a qual está sendo atraído! Tá na cara que a intenção do banqueiro é arranjar marido para Helô, a filhinha encalhada!

EMILIANO  -  Pois eu não concordo. Acho que é o contrário: ingênuos são eles, se julgam que vão agarrá-lo assim, tão facilmente.

MARIETA  -  Vítor deveria ter mais respeito pela memória da nossa Nívea! Faz tão pouco tempo que ela nos deixou...

EMILIANO  -  Nós não temos o direito de exigir que ele seja fiel à memória de nossa filha. Pois se nem eram marido e mulher!

CORTA PARA:

CENA 2  -  PEDRA DO ARPOADOR  -  EXT.  -  ENTARDECER.

SENTADOS NO ALTO DA ENORME ROCHA, SAMUCA E JOANINHA BEIJAVAM-SE, EMOLDURADOS PELA BELEZA DO MAR ONDE DEZENAS DE SURFISTAS FAZIAM MANOBRAS, EQUILIBRANDO-SE SOBRE AS ONDAS.

JOANINHA  -  Amor, tou tão feliz que você tá aqui comigo... Tive tanto medo de te perder...

SAMUCA  -  Eu tive que voltar pra você, amor.  Pra casar com você!

SAMUCA  -  Ai, Samuca, você não sabe o que eu sofri vendo você dentro daquele caixão! Quase morri com você!

SAMUCA  -  Joana, não fale mais nisso, tá! Não quero mais lembrar do sufoco que eu passei naquele dia...  (fez uma pausa) Me fala: você continua guardando dinheiro pro enxoval?

JOANINHA  -  (sorriu, feliz)  Religiosamente. Não mexo nesse dinheiro por nada! Faz três anos que tou economizando!

SAMUCA  -  Amor, eu posso triplicar esse dinheiro na maior moleza! Você confia em mim?

JOANINHA  -  (desconfiada) Lá vem você com suas idéias malucas! Você sabe que eu confio, mas esse dinheiro é sagrado, Samuca! Nele eu não mexo!

SAMUCA  - Amor, escuta: não tem como dar errado! Renatão já ganhou uma fortuna apostando no Andaluz, no mês passado! O Andaluz ganhou o Grande Prêmio Brasil! Ele vai correr hoje á tarde, no Jóquei e nós não podemos perder essa!

JOANINHA  -  Corrida de cavalo, Samuca? Você tá maluco? Quer gastar o dinheiro que tou economizando há três anos pro nosso casamento em corrida de cavalo? Nem pensar!

SAMUCA  -  Joaninha, o Renatão vai apostar no Andaluz outra vez! Vai apostar uma grana preta! Eu sinto que vamos ganhar! Até sonhei com isso! Você não disse que confia, amorzinho?

JOANINHA  -  Ai, amor, eu tenho medo...

SAMUCA  -  Vai por mim, vai dar tudo certo! Assim a gente pode até casar mais depressa, gata!

JOANINHA  -  Ai, Samuca, não sei...

CORTA PARA:

CENA 3  -  TERESÓPOLIS  -  CASA DO SÍTIO DE OLIVEIRA RAMOS  -  INT.  -  DIA.

VÍTOR VIAJOU PARA O SÍTIO EM COMPANHIA DE HELÔ, OLIVEIRA RAMOS E SUSI. FAZIA UM DIA BONITO, DE CÉU LIMPO E CLARO. SUSI APROVEITAVA O SOL À BEIRA DA PISCINA, ENQUANTO O BANQUEIRO DAVA INSTRUÇÕES AO CASEIRO. VÍTOR E HELÔ SAÍRAM PARA CAMINHAR NAS REDONDEZAS.

HELÔ  -  Espero que esteja gostando do passeio...

VÍTOR  -  Eu só tenho que agradecer a você e seu pai, Helô. Essa pequena viagem para esse lugar calmo e tranquilo me trouxe muitas esperanças, sobretudo a de reconquistar minha paz interior.

CAMINHARAM SOBRE UMA PONTE DE MADEIRA, LADO A LADO, ADMIRANDO AS ÁGUAS CRISTALINAS DO RIACHO QUE CORRIA LOGO ABAIXO DELES.

HELÔ  -  (fitou-o nos olhos, com ternura)  Eu amo você, Vítor, e vou fazer tudo para você acreditar em mim. Eu sinto que meu comportamento se modificou... e devo isso a esse amor.

VÍTOR  -  (concordou)  Isso é verdade... não vejo mais agressividade em você. Está mais segura, mais serena... Isso é muito bom.

HELÔ  -  Sinto necessidade de me aproximar mais de você, me sinto segura ao seu lado...

VÍTOR  -  Pra ser sincero, às vezes ainda fico um pouco confuso... Com a morte de Nívea, eu me fechei novamente para o mundo, fiquei mais individualista... Sinto-me meio perdido e em choque comigo mesmo. As lembranças de Nívea, o quarto dela, seus pertences, a presença dos pais dela... acho que tudo isso aumenta esse conflito. Não quero magoar você, por nada... receio não estar preparado para me envolver com outra pessoa...

HELÔ  -  No fundo você ainda está preso a uma série de tabus. No fundo, você ainda é um padre. Sua alma ainda está de batina.

VÍTOR  -  Helô,  acho você uma pessoa incrível e só posso retribuir todo esse carinho e atenção sendo muito verdadeiro com você.

HELÔ  -  (decepcionada) Já entendi tudo. Essa é uma forma educada e sutil de me dar um fora. Vamos voltar pra casa?

HELÔ DEU-LHE AS COSTAS E CAMINHOU DE VOLTA Á CASA DO SÍTIO. VÍTOR SEGUIU-A.

VÍTOR  -  Helô, espere! Não é bem assim, vamos conversar!

HELÔ  -  (falou, sem encará-lo)  Melhor não. Vou poupar você de, com a maior educação do mundo, ter de dizer que não me quer. Só me resta, agora, voltar pra minha vida, pros meus amigos. Eu me afastei um pouco deles, acreditei que podia mudar, ter uma vida diferente... mas vejo que me enganei.  

CORTA PARA:

CENA 4  -  JÓQUEI CLUBE  - ARQUIBANCADA  -  EXT.  -  DIA.

EM MEIO AO BURBURINHO DA ARQUIBANCADA LOTADA, RENATÃO E SAMUCA TORCIAM, DESESPERADAMENTE, NOS MOMENTOS FINAIS DA CORRIDA.

LOCUTOR  -  “O páreo saiu com ritmo acelerado, o ligeiro Blood Horse tomou a ponta de largada e foi seguido de perto pelos   favoritos, Andaluz e Cambino. Entrada a reta, os ponteiros começaram a esmorecer, foi quando surgiu com grande ação Galactic Hero, na tocada de Jonas Fernandes, passando ràpidamente para a ponta e livrando dois corpos de vantagem sobre o segundo colocado, Andaluz, que entrou para a reta sem conseguir engrenar a tempo! Em final eletrizante, Galactic Hero foi o grande favorito do páreo, deixando logo atrás Andaluz, Blood Horse e Cambino, em terceira posição. Galactic Hero chegou a sua primeira vitória, surpreendendo a todos! O vencedor contou com o preparo de Teófilo Oliveira...”

SAMUCA EMPALIDECEU, SEM ACREDITAR NO QUE VIA. OLHOU PARA RENATÃO, DESESPERADO. LEVOU AS DUAS MÃOS À CABEÇA E ABAIXOU-SE ATÉ OS JOELHOS.

SAMUCA  -  (balbuciou)  Não acredito! Isso não tá acontecendo! As economias da Joaninha pro casamento... foram pro espaço!....

RENATÃO  -  (apertou o ombro do amigo, solidário)  Sinto muito, Samuca... Eu também perdi uma graninha...                                                   Faz parte do jogo...

SAMUCA  -  Como eu vou contar isso pra Joana? Como? Ela vai me matar, Renatão!

CORTA PARA:

CENA 5  -  PENSÃO PRIMAVERA  -  EXT.  -  NOITE.

IMAGENS NOTURNAS DO LEBLON E IPANEMA, MOSTRANDO A PRAIA, O TRÂNSITO INTENSO E, POR FIM, A PENSÃO PRIMAVERA.

CENA 6  -  PENSÃO PRIMAVERA   -  SALA  -  INT.  -  NOITE

D. DIDI SERVIA O JANTAR PARA UM HÓSPEDE E MARIA LÚCIA ATENDIA UM CLIENTE NA RECEPÇÃO, QUANDO JOANINHA CHEGOU, A EXPRESSÃO CARREGADA.

JOANINHA  -  Oi, Maria Lúcia! Samuca tá aí?

MARIA LÚCIA  -  Oi, Joaninha! Tá no quarto dele, sim. Tá meio estranho, sabe... Até comentei com minha mãe... ele nem quis jantar... Chegou cedo, sem falar com ninguém, se trancou no quarto e não saiu mais de lá!

JOANINHA FECHOU A CARA. CERROU OS OLHOS E RESPIROU FUNDO, PREPARANDO-SE PARA O PIOR.

JOANINHA  -  (voz trêmula) Tentei falar com ele o dia todo pelo celular e ele não atendeu...

MARIA LÚCIA  -  Vocês brigaram?

JOANINHA  -  Ainda não! Mas hoje eu acho que vou matar o meu noivo com minhas próprias mãos, Maria Lúcia! Posso ir até o quarto dele?

MARIA LÚCIA  -  Nossa, Joaninha, você tá me assustando! Melhor se acalmar antes de falar com ele. (segurou a jovem pelo braço e levou-a até o sofá)  Vem, senta aqui. Vou buscar um copo d’água pra você. Não saia daí!

MARIA LÚCIA DIRIGIU-SE PARA A COPA. JOANINHA LEVANTOU-SE, NUM IMPULSO E GANHOU O CORREDOR ONDE FICAVA O QUARTO DE SAMUCA E ALBERTO.         

CORTA PARA:

CENA  7  -  PENSÃO PRIMAVERA  -  QUARTO DE SAMUCA  -  INT.  -  NOITE.

JOANINHA  -  Samuel!

SAMUCA – Jo... Joaninha!

O RAPAZ ESTAVA PARADO JUNTO À JANELA, OLHANDO PARA A RUA, TORTURADO PELO REMORSO E O TEMOR DE ENFRENTAR A NOIVA. VOLTOU-SE, ASSUSTADO. ELA ESTAVA ALI, Á SUA FRENTE.

JOANINHA  -  (seca, foi direto ao assunto)  O cavalo que você apostou... o Andaluz... ganhou a corrida? É essa a notícia que você tem pra me dar, não é, Samuca?

SAMUCA  -  (procurou ganhar tempo)  Calma, amor, você tá nervosa. Senta aqui. Vamos conversar.

JOANINHA DEU-LHE UM TAPA NA MÃO, REAGINDO COM GROSSERIA.

JOANINHA  -  Não tem conversa, Samuca! Me responde só uma coisa, pelo amor de Deus! Você... perdeu o dinheiro na corrida?

SAMUCA BAIXOU A CABEÇA, DERROTADO. FORA DE SI, JOANINHA AVANÇOU DANDO-LHE UMA SUCESSÃO DE SÔCOS NO PEITO.

SAMUCA  -  (deixou-se agredir, sem esboçar reação)  Perdão, Joaninha! Perdão, meu amor! Pode bater... eu mereço!

JOANINHA CONTINUOU BATENDO, DESCARREGANDO TODA SUA REVOLTA. EXAUSTA, PAROU E, TOMADA PELA EMOÇÃO,   COMEÇOU A CHORAR. SAMUCA ABRAÇOU-A, EMOCIONADO. A MOÇA TREMIA, DESCONTROLADA.

JOANINHA  -  (falou, abraçada a ele, entre lágrimas) Cachorro! Cafajeste! Passei três anos economizando aquele dinheirinho, Samuca! Almocei barrinha de cereal e misto quente um monte de vezes, pra economizar! Três anos! Eu devia acabar com sua raça! Devia te matar!

SAMUCA  -  (chorava, a voz embargada) Perdão, amor! Eu sei que não mereço, mas só posso te pedir isso... me perdoa! Me perdoa!

JOANINHA, INCONFORMADA, DEU-LHE SOCOS MAIS LEVES, CHORANDO BAIXINHO.

JOANINHA  -  Cachorro! Desgraçado! Eu devia te matar! Devia te matar!

CORTA PARA:

CENA  8  -  APARTAMENTO DO DELEGADO FONTOURA  -  INT.  -  NOITE.

FONTOURA LIA O JORNAL, QUANDO A CAMPAINHA TOCOU. ADELAIDE ABRIU A PORTA. ERA HELÔ.

HELÔ  -  Boa noite, dona Adelaide. Boa noite, seu delegado. Combinei de sair com Verinha...

VERINHA, JÁ ARRUMADA, SURGIU NA SALA.

VERINHA  -  Oi, Helô! Tou pronta! (e para os pais) Mãe, pai, vamos sair pra dar umas voltas, tá!

ADELAIDE  -  Aonde é que vocês vão? Cinema?

VERINHA  -  Que cinema, mãe. Corta essa... cinema tá superado...

FONTOURA TINHA PRESTADO ATENÇÃO A TODA A CONVERSA, OLHANDO POR CIMA DO JORNAL.

DELEGADO FONTOURA  - Escute, moça, você não conheceu Nívea Louzada?

HELÔ  -  Sim, conheci. Éramos muito amigas...

DELEGADO FONTOURA  -  Ela esteve na sua casa na noite anterior à que foi assassinada?

HELÔ  -  Foi, e daí?

DELEGADO FONTOURA  -  Daí, talvez você possa nos ajudar. Talvez eu precise lhe chamar para depor.

HELÔ  -  Eu não vou!

DELEGADO FONTOURA  -  Não vai? Ora, essa é muito boa! Tem que ir, é obrigada! Vai nem que seja presa!

ADELAIDE  -  Calma, Zelio; ela é filha do Oliveira Ramos, vai com calma...

DELEGADO FONTOURA  -  Pode ser filha do diabo que a carregue! Já prendi ela uma vez e prendo de novo!

HELÔ ENCAROU O DELEGADO, COM AR DE SUPERIORIDADE, E ENCAMINHOU-SE PARA A PORTA.

HELÔ  -  Você vem, Verinha?

VERINHA  -  (embaraçada, recriminou o pai) Pai! (e para Helô) Desculpa, Helô! Vamos! 

CENA 9  -  CASTELINHO  -  INT.  -  NOITE

HELÔ E VERINHA ESTAVAM NO CASTELINHO TOMANDO UM CHOPE. VERINHA PERCEBEU O COMPORTAMENTO AUSENTE DA AMIGA.

VERINHA  -  Helô, o quê que você tem? Tô fazendo um monólogo há uma hora e você só diz: “aham, aham”... O quê que tá acontecendo, hem?

HELÔ  -  Desculpe, Verinha... eu não tou legal hoje... te chamei pra sair pra tentar me distrair um pouco, mas acho que tô estragando tua noite... Tou sendo egoísta, né...

NELSON MOTA ACABAVA DE CHEGAR E, AO VER HELÔ E VERINHA, APROXIMOU-SE DA MESA.

NELSON MOTA  -  Olha só quem está por aqui! As maiores gatas de Ipanema!

VERINHA  -  Oi, Nelsinho! Quanto tempo!

NELSON MOTA  -  Posso sentar com vocês?

VERINHA  –  Claro! Toma um chopinho com a gente!

HELÔ APROVEITOU A DEIXA.

HELÔ  -  Gente, perdão, mas tenho um assunto urgente pra resolver... Nelson, cuida da Verinha pra mim, tá? Vou nessa!

HELÔ BEIJOU OS DOIS E RETIROU-SE DO CASTELINHO.

CORTA PARA:

CENA  10  -  PRÉDIO DO APARTAMENTO DE EMILIANO  -  FRENTE - EXT.  -  NOITE.

ERA QUASE MEIA NOITE QUANDO HELÔ PAROU O CARRO EM FRENTE AO  PRÉDIO,  LIGOU  PARA  VÍTOR DO CELULAR E FICOU AGUARDANDO-O POR ALGUNS MINUTOS, ATÉ QUE ELE APARECEU E BATEU NA PORTA DO AUTOMÓVEL.

HELÔ  -  (baixou o vidro e falou, ansiosa)  Obrigada por ter vindo. Entre.

VÍTOR ENTROU NO CARRO E SENTOU-SE NO BANCO DO CARONA.

VÍTOR  -  Fiquei preocupado com seu chamado a essa hora... tá tudo bem?

HELÔ  -  Vítor, eu... não, não está tudo bem, porque... eu não consigo tirar você da minha cabeça nenhum minuto! Não consigo parar de pensar em você! Acho que tou ficando louca....

VÍTOR  -  Helô, eu tenho uma coisa pra te dizer... eu tomei uma decisão!

HELÔ  -  (arregalou os olhos, o coração aos pulos)  Que... que decisão?

VÍTOR  -  Decidi dar um novo rumo pra minha vida. Vou embora pra São Paulo. Definitivamente.

 
FIM DO CAPÍTULO 26
Mario Maluco (Osmar Prado), Verinha (Djenane Machado) e Ricardinho (Carlos Vereza)

e no próximo capítulo...

*** Transtornada, Helô dirige em disparada pela Av. Niemayer e sofre um acidente de trãnsito.

*** Rodolfo Augusto procura Renatão para dizer que sua ex-mulher, Marisa, voltou da Europa e quer ver a filha Carlinha. Renatão fica possesso e afirma que vai impedir esse encontro de qualquer maneira!

*** Garcia Neto, diretor da "Folha do Rio", confia ao jornalista Araken Teixeira a missão de transformar a imagem de Nívea Louzada numa santa!

NÃO PERCA O CAPÍTULO 27 DE

















 


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