Roteirizado por Toni Figueira
do original de Janete Clair
CAPÍTULO 85
PARTICIPAM DESTE CAPÍTULO:
JOÃO
DR. NILO
CEMA
LÍDIA
LÍDIA
JERÔNIMO
SINHANA
PEDRO BARROS
SIQUEIRA
JUCA CIPÓ
DR. MACIEL
RITINHA
ALBERTO
CENA 1 - CASA ABANDONADA - QUARTO - INT. - NOITE.
O corpo do paciente foi colocado na superfície dura da mesa, acolchoada com trapos e lençóis arranjados por Cema. João não escondia sua preocupação.
JOÃO - Acha que dá tempo, doutor?
DR. NILO - Talvez. É melhor agir e não fazer perguntas. A moça com o material...
Cema trouxe a panela com água fervente. Jogou na peça o material cirúrgico.
DR. NILO - (ordenou) Fechem a porta! Veja se temos querosene suficiente para não faltar luz na hora. (pela janela João avistou as estrelas piscando no céu) Vamos arriscar assim mesmo. Ilumine o mais que puder. Vou confiar na sorte e na boa vontade de Deus.
Enquanto João e Cema rezavam, o médico, indiferente, aplicou a injeção na veia do doente. O bisturi traçou um risco vermelho na carne de Alberto. João cerrou os olhos e trincou os dentes. A operação começara.
CORTA PARA:
CENA 2 - CASA ABANDONADA - QUARTO - INT. - NOITE.
Enxugando o suor que lhe escorria do rosto, o médico aplicava a última injeção no braço de Alberto. A intervenção chegara ao fim e, para o êxito, muito colaborara a juventude do paciente. Doutor Nilo engoliu, com avidez, o café quentinho e forte que Cema lhe trouxera da cozinha.
JOÃO - Como tá ele? Parô a sanguera?
DR. NILO - Acho que conseguimos estancar. Foi um trabalho difícil... mas creio que conseguimos salvar o rapaz, com a graça de Deus!
JOÃO - (sorrindo largo) ... e com a graça de Nosso Senhô Jesus Cristo e São João, meu protetô...
DR. NILO - Deus guiou a minha mão. Não há outra explicação. Este rapaz estava muito mal, quase não havia chance de escapar. (fatigado, olhou mais uma vez o jovem que dormia sob efeito de anestésicos. Segurou-lhe o pulso. Verificou as batidas. Tudo em ordem. Perguntou, voltando-se para o chefe do bando) Afinal... o que é que o filho de Dona Branca estava fazendo aqui, com vocês?
JOÃO - Ele... ele veio até aqui... pra me matá, doutô! Só pra me matá!
O médico levantou os olhos, espantado.
CORTA PARA:
CENA 3 - CASA DO RANCHO CORAGEM - SALA - INT. - DIA.
SINHANA - Tu rompeu?
Sinhana fez a pergunta, entregando ao filho um bilhete de Pedro Barros.
JERÔNIMO - Acabei com tudo. Foi melhor assim. Tava sendo uma tortura pensá em me casá com ela.
SINHANA - Te trouxero isso (mostrou o papel) da casa de Pedro Barros.
JERÔNIMO - (leu com expressão séria. Rugas profundas riscavam-lhe a testa) É... e´um chamado... ele me convida pra almoçar hoje na casa dele. Diz que tem visita de fora... gente importante que quer me conhecer.
SINHANA - E tu vai?
JERÔNIMO - Veja o banho pra mim, mãe. (a velha continuava a fitá-lo aguardando a resposta) Tenho que ir, né, mãe?
SINHANA - Quase nem acredito. Tou só te dando tempo pra vê se tua acorda tua consciencia. Tu deve de tá sendo levado por alguma coisa ruim, que te dominô o pensamento. Mas vai se livrá disso. Tou rezano muito pra Nossa Senhora da Cabeça te clareá as idéia.
CORTA PARA:
CENA 4 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - CASA-GRANDE - EXT. - DIA.
Alguma coisa soprava ao filho de Sinhana que o coronel tramava outra das suas. Mesmo assim ele, com um misto de receio e de cuidado, compareceu á casa-grande. Distante, ainda, ouviu o ritmo trepidante que partia da residencia. Já perto, pôde avistar a movimentação.
CENA 5 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - CASA-GRANDE - INT. - DIA.
Jerônimo parou á porta. Juca dançava desengonçadamente com uma bela mulher. Morena, de ancas bem torneadas e seios pequenos e firmes, Lídia Siqueira. Juca cochichou qualquer coisa junto ao ouvido da moça. Fingindo seriedade ela sorriu por trás dos ombros do jagunço. E deparou com o jovem parado, indeciso, á entrada da casa. Pedro Barros se aproximou, amistosamente. Pegou Jerônimo pela mão. Bateu com os pés no chão e, alteando a voz, chamou os visitantes ao centro da sala.
PEDRO BARROS - Meus amigos (falou solene) este é o novo prefeito de Coroado. Jerônimo Coragem! (e voltando-se para Jerônimo) Doutô Siqueira, deputado! Veio visitá nossa cidade.
SIQUEIRA - (apertou com energia a mão do garimpeiro) Ah, mas que prazer! Eu não podia imaginar que o prefeito fosse tão jovem... (abraçou o rapaz).
PEDRO BARROS - (completou a apresentação, fixando o olhar no pseudo-amigo) O Doutô Osvaldo Siqueira é deputado federal, eleito por nossa zona, a zona do diamante.
Afastada do grupo, Lídia admirava a beleza rude do jovem prefeito de Coroado, seus cabelos longos e negros, o jeito másculo, a vestimenta exótica, detendo-se especialmente nos olhos, profundos e cheios de mistério. Lidia esqueceu-se de que havia outros na festa do coronel e se assustou quando Juca Cipó a segurou pelo braço.
JUCA CIPÓ - Uai, moça. Tá esqueceno de mim? Gente maluca a da cidade! Deus Nosso Senhô me guarde!
CORTA PARA:
CENA 6 - COROADO - ESTAÇÃO - EXT. - DIA.
Eram 4 e meia e o trem acabara de chegar. Sem atrasar um minuto. O chefe da estação tangeu o pequeno sino e se encamihou para a locomotiva resfolegante.
Maciel vistoriou o interior do comboio. Lá estava Ritinha acenando risonha.
DR. MACIEL - Mas é você! Você mesma, minha filha?
RITINHA - Claro que sou, papai! (disse a moça, atirando-se nos braços do pai) Puxa vida! Não precisa ficar tão espantado assim, só porque não avisei!
DR. MACIEL - Você é esperta, mas eu sou mais (disse, mais feliz do que nunca) Devia ter avisado. Eu teria preparado uma recepção para você e minha netinha. (lembrou-se) Uai, cadê ela?
Gabriela, carinha vermelha e olhos castanhos, vivos, chorava abundantemente nos braços da babá. Maciel queria, mas não via jeito de segurar a netinha no colo.
DR. MACIEL - O que foi que você veio fazer aqui de repente?
RITINHA - Vim pra posse do meu cunhado. É hoje, não é?
DR. MACIEL - (mudou de expressão) Veio... com aquele patife do seu marido?
RITINHA - Não, pai! Vim sozinha... com Gabriela.
DR. MACIEL - E o Duda?
RITINHA - Eu sei lá onde é que anda o Duda? Ele agora voltou a treinar e está muito preocupado com a volta dele ao campo. Nem lembra que tem família... (havia um quê que mágoa nas palavras da moça).
DR. MACIEL - Não há de ser nada, minha filha. Estou nadando em dinheiro. Vou até abrir uma farmácia. Você fica comigo.
CORTA PARA:
CENA 7 - CASA ABANDONADA - QUARTO - INT. - DIA.
Dr. Nilo retirava os pontos da operação com uma pinça. Trabalhava com cuidado.
DR. NILO - Está doendo, rapaz?
ALBERTO - Quase nada, doutor.
DR. NILO - Estive com sua mãe. Ela está ansiosa para você voltar e eu prometi a ela que o levaria hoje comigo. Expliquei que ia retirar os pontos e que você já estava em condições de suportar a viagem.
JOÃO - E qual é a dúvida?
DR. NILO - Dependendo de você... eu levo ele hoje. Mas... eu acredito que você não vá prendê-lo por muito tempo, não?
JOÃO - Eu... num tenho direito de detê ele por mais tempo. Afinal, se salvei a vida dele, não foi foi pra fazê dele meu prisioneiro. Eu acho que deve de segui o seu destino... até mesmo sem lembrá que eu existo. (não se impressionou com o olhar vidrado do filho de Lourenço D’Ávila, que ouvia atento as palavras do homem a quem tentara matar) Fiz o que fiz só pra lhe prová que eu não matei o pai dele, mas se tivesse matado, tava cheio de razão. Razão que não lhe disse e não lhe digo nunca. Porque se eu fosse um sujeito à toa, como você pensa, rapaz, eu tinha contado tudo o que passei por causa dele. Portanto, eu repito: tu é livre pra segui o seu destino... deste momento em diante. Pode até saí com o doutô...
João ia retirar-se, emocionado. A voz de Alberto fê-lo voltar à cabeceira da cama.
ALBERTO - João! Eu acredito em você... como nunca acreditei em ninguém!
Os olhos do garimpeiro, surpresos, buscaram auxílio nos olhos do médico. João não acreditava no que ouvia. O filho do homem a quem detestava e que estava ali para matá-lo, bandeava-se para o seu lado.
ALBERTO - Compreendo até tua causa, tua revolta. Não estou inteiramente de acordo com ela... há muitos erros... mas, eu sei, ninguém pode ser perfeito. De tudo o que vi na minha vida, de muita gente que conheço, você é o único sujeito que eu sou capaz de seguir até a morte sem discutir.
Estendeu a mão para o másculo garimpeiro. João Coragem adiantou-se e sorriu satisfeito. Apertou, entre as suas, as mãos do filho de Lourenço.
e no próximo capítulo...
*** Tem início a cerimônia de posse do novo prefeito de Coroado, mas, para decepção de Duda, que viera a Coroado para homenagear o irmão, Jerônimo mostra-se apático e submisso a Pedro Barros.
*** Duda e Ritinha reencontram-se.
*** Lídia fica interessada em Jerônimo e se insinua para o rapaz.
O corpo do paciente foi colocado na superfície dura da mesa, acolchoada com trapos e lençóis arranjados por Cema. João não escondia sua preocupação.
JOÃO - Acha que dá tempo, doutor?
DR. NILO - Talvez. É melhor agir e não fazer perguntas. A moça com o material...
Cema trouxe a panela com água fervente. Jogou na peça o material cirúrgico.
DR. NILO - (ordenou) Fechem a porta! Veja se temos querosene suficiente para não faltar luz na hora. (pela janela João avistou as estrelas piscando no céu) Vamos arriscar assim mesmo. Ilumine o mais que puder. Vou confiar na sorte e na boa vontade de Deus.
Enquanto João e Cema rezavam, o médico, indiferente, aplicou a injeção na veia do doente. O bisturi traçou um risco vermelho na carne de Alberto. João cerrou os olhos e trincou os dentes. A operação começara.
CORTA PARA:
CENA 2 - CASA ABANDONADA - QUARTO - INT. - NOITE.
Enxugando o suor que lhe escorria do rosto, o médico aplicava a última injeção no braço de Alberto. A intervenção chegara ao fim e, para o êxito, muito colaborara a juventude do paciente. Doutor Nilo engoliu, com avidez, o café quentinho e forte que Cema lhe trouxera da cozinha.
JOÃO - Como tá ele? Parô a sanguera?
DR. NILO - Acho que conseguimos estancar. Foi um trabalho difícil... mas creio que conseguimos salvar o rapaz, com a graça de Deus!
JOÃO - (sorrindo largo) ... e com a graça de Nosso Senhô Jesus Cristo e São João, meu protetô...
DR. NILO - Deus guiou a minha mão. Não há outra explicação. Este rapaz estava muito mal, quase não havia chance de escapar. (fatigado, olhou mais uma vez o jovem que dormia sob efeito de anestésicos. Segurou-lhe o pulso. Verificou as batidas. Tudo em ordem. Perguntou, voltando-se para o chefe do bando) Afinal... o que é que o filho de Dona Branca estava fazendo aqui, com vocês?
JOÃO - Ele... ele veio até aqui... pra me matá, doutô! Só pra me matá!
O médico levantou os olhos, espantado.
CORTA PARA:
CENA 3 - CASA DO RANCHO CORAGEM - SALA - INT. - DIA.
SINHANA - Tu rompeu?
Sinhana fez a pergunta, entregando ao filho um bilhete de Pedro Barros.
JERÔNIMO - Acabei com tudo. Foi melhor assim. Tava sendo uma tortura pensá em me casá com ela.
SINHANA - Te trouxero isso (mostrou o papel) da casa de Pedro Barros.
JERÔNIMO - (leu com expressão séria. Rugas profundas riscavam-lhe a testa) É... e´um chamado... ele me convida pra almoçar hoje na casa dele. Diz que tem visita de fora... gente importante que quer me conhecer.
SINHANA - E tu vai?
JERÔNIMO - Veja o banho pra mim, mãe. (a velha continuava a fitá-lo aguardando a resposta) Tenho que ir, né, mãe?
SINHANA - Quase nem acredito. Tou só te dando tempo pra vê se tua acorda tua consciencia. Tu deve de tá sendo levado por alguma coisa ruim, que te dominô o pensamento. Mas vai se livrá disso. Tou rezano muito pra Nossa Senhora da Cabeça te clareá as idéia.
CORTA PARA:
CENA 4 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - CASA-GRANDE - EXT. - DIA.
Alguma coisa soprava ao filho de Sinhana que o coronel tramava outra das suas. Mesmo assim ele, com um misto de receio e de cuidado, compareceu á casa-grande. Distante, ainda, ouviu o ritmo trepidante que partia da residencia. Já perto, pôde avistar a movimentação.
CENA 5 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - CASA-GRANDE - INT. - DIA.
Jerônimo parou á porta. Juca dançava desengonçadamente com uma bela mulher. Morena, de ancas bem torneadas e seios pequenos e firmes, Lídia Siqueira. Juca cochichou qualquer coisa junto ao ouvido da moça. Fingindo seriedade ela sorriu por trás dos ombros do jagunço. E deparou com o jovem parado, indeciso, á entrada da casa. Pedro Barros se aproximou, amistosamente. Pegou Jerônimo pela mão. Bateu com os pés no chão e, alteando a voz, chamou os visitantes ao centro da sala.
PEDRO BARROS - Meus amigos (falou solene) este é o novo prefeito de Coroado. Jerônimo Coragem! (e voltando-se para Jerônimo) Doutô Siqueira, deputado! Veio visitá nossa cidade.
SIQUEIRA - (apertou com energia a mão do garimpeiro) Ah, mas que prazer! Eu não podia imaginar que o prefeito fosse tão jovem... (abraçou o rapaz).
PEDRO BARROS - (completou a apresentação, fixando o olhar no pseudo-amigo) O Doutô Osvaldo Siqueira é deputado federal, eleito por nossa zona, a zona do diamante.
Afastada do grupo, Lídia admirava a beleza rude do jovem prefeito de Coroado, seus cabelos longos e negros, o jeito másculo, a vestimenta exótica, detendo-se especialmente nos olhos, profundos e cheios de mistério. Lidia esqueceu-se de que havia outros na festa do coronel e se assustou quando Juca Cipó a segurou pelo braço.
JUCA CIPÓ - Uai, moça. Tá esqueceno de mim? Gente maluca a da cidade! Deus Nosso Senhô me guarde!
CORTA PARA:
CENA 6 - COROADO - ESTAÇÃO - EXT. - DIA.
Eram 4 e meia e o trem acabara de chegar. Sem atrasar um minuto. O chefe da estação tangeu o pequeno sino e se encamihou para a locomotiva resfolegante.
Maciel vistoriou o interior do comboio. Lá estava Ritinha acenando risonha.
DR. MACIEL - Mas é você! Você mesma, minha filha?
RITINHA - Claro que sou, papai! (disse a moça, atirando-se nos braços do pai) Puxa vida! Não precisa ficar tão espantado assim, só porque não avisei!
DR. MACIEL - Você é esperta, mas eu sou mais (disse, mais feliz do que nunca) Devia ter avisado. Eu teria preparado uma recepção para você e minha netinha. (lembrou-se) Uai, cadê ela?
Gabriela, carinha vermelha e olhos castanhos, vivos, chorava abundantemente nos braços da babá. Maciel queria, mas não via jeito de segurar a netinha no colo.
DR. MACIEL - O que foi que você veio fazer aqui de repente?
RITINHA - Vim pra posse do meu cunhado. É hoje, não é?
DR. MACIEL - (mudou de expressão) Veio... com aquele patife do seu marido?
RITINHA - Não, pai! Vim sozinha... com Gabriela.
DR. MACIEL - E o Duda?
RITINHA - Eu sei lá onde é que anda o Duda? Ele agora voltou a treinar e está muito preocupado com a volta dele ao campo. Nem lembra que tem família... (havia um quê que mágoa nas palavras da moça).
DR. MACIEL - Não há de ser nada, minha filha. Estou nadando em dinheiro. Vou até abrir uma farmácia. Você fica comigo.
CORTA PARA:
CENA 7 - CASA ABANDONADA - QUARTO - INT. - DIA.
Dr. Nilo retirava os pontos da operação com uma pinça. Trabalhava com cuidado.
DR. NILO - Está doendo, rapaz?
ALBERTO - Quase nada, doutor.
DR. NILO - Estive com sua mãe. Ela está ansiosa para você voltar e eu prometi a ela que o levaria hoje comigo. Expliquei que ia retirar os pontos e que você já estava em condições de suportar a viagem.
JOÃO - E qual é a dúvida?
DR. NILO - Dependendo de você... eu levo ele hoje. Mas... eu acredito que você não vá prendê-lo por muito tempo, não?
JOÃO - Eu... num tenho direito de detê ele por mais tempo. Afinal, se salvei a vida dele, não foi foi pra fazê dele meu prisioneiro. Eu acho que deve de segui o seu destino... até mesmo sem lembrá que eu existo. (não se impressionou com o olhar vidrado do filho de Lourenço D’Ávila, que ouvia atento as palavras do homem a quem tentara matar) Fiz o que fiz só pra lhe prová que eu não matei o pai dele, mas se tivesse matado, tava cheio de razão. Razão que não lhe disse e não lhe digo nunca. Porque se eu fosse um sujeito à toa, como você pensa, rapaz, eu tinha contado tudo o que passei por causa dele. Portanto, eu repito: tu é livre pra segui o seu destino... deste momento em diante. Pode até saí com o doutô...
João ia retirar-se, emocionado. A voz de Alberto fê-lo voltar à cabeceira da cama.
ALBERTO - João! Eu acredito em você... como nunca acreditei em ninguém!
Os olhos do garimpeiro, surpresos, buscaram auxílio nos olhos do médico. João não acreditava no que ouvia. O filho do homem a quem detestava e que estava ali para matá-lo, bandeava-se para o seu lado.
ALBERTO - Compreendo até tua causa, tua revolta. Não estou inteiramente de acordo com ela... há muitos erros... mas, eu sei, ninguém pode ser perfeito. De tudo o que vi na minha vida, de muita gente que conheço, você é o único sujeito que eu sou capaz de seguir até a morte sem discutir.
Estendeu a mão para o másculo garimpeiro. João Coragem adiantou-se e sorriu satisfeito. Apertou, entre as suas, as mãos do filho de Lourenço.
FIM DO CAPÍTULO 85
Siqueira (Felipe Wagner) e Lídia (Sonia Braga) |
e no próximo capítulo...
*** Tem início a cerimônia de posse do novo prefeito de Coroado, mas, para decepção de Duda, que viera a Coroado para homenagear o irmão, Jerônimo mostra-se apático e submisso a Pedro Barros.
*** Duda e Ritinha reencontram-se.
*** Lídia fica interessada em Jerônimo e se insinua para o rapaz.
NÃO PERCA O CAPÍTULO 86 DE
Nenhum comentário:
Postar um comentário