Roteirizado por Toni Figueira
do original de Janete Clair
CAPÍTULO 96
PARTICIPAM DESTE CAPÍTULO:
RITINHA
DUDA
DR. MACIEL
ALBERTO
CENA 1 - COROADO - PREFEITURA - INT. - DIA.
Durante um jogo, Duda fôra atingido na perna, justamente no lugar anteriormente operado por causa da bala. Sofrera nova intervenção cirúrgica e afinal recebera autorização para descansar em casa por algum tempo. Um taxi-aéreo o levara, num vôo direto, de Congonhas a Coroado.
Na tarde daquele dia Eduardo Coragem ouvira do irmão a confissão do êrro e o desenrolar dos acontecimentos que mancharam a honra do promotor e abalaram o prestígio popular que o levara à chefia administrativa e política da pequena cidade do interior mineiro. A pressão moral de Pedro Barros e o domínio que vinha exercendo sobre o jovem haviam provocado a decisão definitiva. Ou tudo ou nada. E Jerônimo preferira optar pela liberdade. Mesmo sabendo de antemão que a vingança do velho seria impiedosa. Duda ouvira atento as explicações. Achava que, passado o período crítico, o promotor voltaria à razão, ao raciocínio lógico e, consequentemente, procuraria entender a realidade. Um homem da lei jamais poderia se deixar levar pelos sentimentos. Duda não acreditava que Rodrigo se entregasse ao descontrôle. “Amanhã ele estará normal”, disse.
Agora, lá estava ele na ante-sala do gabinete. Bateu à porta e entrou, sem autorização. Ritinha estremeceu.
RITINHA - Eduardo! Nossa Senhora! Já tava aflita. Já ia lá na casa da Sinhana pra saber notícias tuas...
DUDA - Pois é... cheguei hoje (anunciou, beijando a esposa) Cheguei cedinho na casa da mãe e perguntei: Uai, mãe, cadê Ritinha? Ela me disse que você não quis ficar lá.
RITINHA - Não quis, não. Não pude. Ainda não ajeitei as coisas lá em casa.
DUDA - E eu, desde que cheguei, não vi minha filhinha.
RITINHA - Não seja por isso... Olha ela ali! (apontou com o dedo o pequeno carrinho, escondido por trás da mesa).
DUDA - (correu para o carrinho) Uai, você tá trabalhando com ela?
RITINHA - Que remédio? Mingas me deixou. Não tem podido me ajudar. Eu trago a Gabi pra cá. Ela fica quietinha...
Duda levantou a menininha do carro, embriagado de contentamento. Ritinha observava as reações do marido. E sorria diante das sucessivas expressões de espanto que modificavam a cara do rapaz.
DUDA - Nossa mãe! Como tá grande! (voltou-se para a mulher) Quero que tu volte para casa. Não sou mais jogador de futebol. Pronto. Vou lá e digo isso a eles. A gente vai viver junto e vai viver bem. Vem cá.
Tornou a deitar a criança no carrinho estofado. Obrigou a mulher a sentar-se em seu colo. Ritinha tentou reagir, encabulada.
RITINHA - Não, Eduardo, não faz isso, aqui não!
DUDA - Bobagem, que é que tem?
RITINHA - Tua perna!
DUDA - Você tá sentada em cima da outra, ora!
RITINHA - Mas... Eduardo, tem mais gente...
Os dedos dela perderam-se por entre os cabelos do marido, enquanto so lábios colavam-se num beijo demorado, ao qual Ritinha se entregou apaixonadamente. Nos olhos de Duda havia qualquer coisa de diferente, uma espécie de raiva incontida, ao terminar o beijo.
DUDA - Onde foi que você aprendeu a beijar assim?
RITINHA - Assim, como, Eduardo?
DUDA - Você nunca beijou desse jeito, Ritinha!
RITINHA - Benzinho, tava com saudade!
DUDA - Alguém andou beijando você na minha ausencia?
RITINHA - Você me ofende, Eduardo! Eu lá ia beijar alguém?
DUDA - Não vem com essa de querer bancar outra mulher pra cima de mim (falou, mais por brincadeira).
RITINHA - Outra mulher?
DUDA - Que nem a mulher do João. Ela era Lara, foi Diana, agora é Márcia. Diabo de tanta mulher numa só! Se uma já é difícil... e João aguenta tudo. Eu não aguento, não!
RITINHA - (com ingenuidade) Mas eu sou só Ritinha...
DUDA - Aquele beijo, Ritinha, que você deu há pouco... parecia que era de outra mulher!
Ritinha principiava a se zangar com a teimosia do marido. Ou tudo não passava de brincadeira?
RITINHA - Isso é porque você é que tá com vontade de beijar outra mulher!
DUDA - Me beija de novo! Eu só quero ver uma coisa, tirar uma cisma! Anda! (tornou a puxar a mulher e mais uma vez beijou-a longamente, as mãos percorrendo-lhe as formas roliças).
RITINHA - (com um trejeito) Então?
DR. MACIEL - Minha filha, eu quero que... (estacou na porta, boquiaberto com a visão, e exclamou, aborrecido) Que... que... que pouca vergonha!
Rita saltou do colo do marido, pegou a criança e encaminhou-se para a saída, por onde Maciel desaparecera, zangado.
RITINHA - Ai, meu Deus, que a bola agora é comigo! Vou ter que amansar meu pai.
Deixou correndo a sala da secretaria.
Duda coçava a cabeça, desconsolado. Pela janela assistia à corrida da mulher em busca do pai, zangado.
DUDA - Se precisar, eu falo com ele. Ah, falo! Peço permissão pra beijar minha mulher! (sorria ao sair puxando a perna).
CORTA PARA:
CENA 2 - ALDEIA DE JOÃO - EXT. - DIA.
Por um instante, Alberto D’Ávila teve um pressentimento. Mau pressentimento. Entregou o jornal a Duda que estava a seu lado, tomando banho de sol.
ALBERTO - Olha pra isto.
DUDA - Que é?
ALBERTO - Olha. Aqui... esta notícia... desastre de carro na estrada de Belo Horizonte.
Eduardo pegou da folha e leu por alto.
DUDA - Caramba! Um desastre e tanto! Mas... isso é coisa comum nas grandes estradas. Só tem louco correndo por aí.
O dedo comprido do rapazola parou em cima do registro do acidente.
ALBERTO - Você não leu direito. Um desastre... com minha mãe... tá escrito aí, não tá? Branca D’Ávila... e leia o resto.
Interessado, repentinamente, Duda ergueu o corpo a meio e leu a notícia do acontecimento.
DUDA - Branca D’Ávila e... e Ernesto Bianchinni! (de um salto explodiu numa exclamação) Eu não disse? Ernesto Bianchinni! O homem existe mesmo! E é ele... de nome trocado.
ALBERTO - (de olhos arregalados) Como?
DUDA - É o sujeito que eu vi em São Paulo! O mesmo que reconheci como sendo teu pai!
ALBERTO - Tem certeza de que o nome é esse?
DUDA - Absoluta! É muita coincidencia, você não acha? Ser justamente esse o homem que foi acidentado com sua mãe. (bateu com a mão no jornal) Taí. Não tem mais dúvida. Esse cara é teu pai. Os dois estão muito feridos. Diz aí. Foram removidos pro Pronto-Socorro de Belo Horizonte.
Movido pela necessidade de tirar tudo a limpo, Alberto tomara a decisão.
ALBERTO - (com a voz ligeiramente entrecortada) Eu vou ao Hospital de Belo Horizonte... pra ver se é verdade que esse homem é meu pai.
DUDA - (sério) Eu vou com você!
ALBERTO - Você não pode . Fez esforço demais com essa perna operada.
DUDA - (careteou, apertado a perna) É... tá me incomodando um pouco... mas eu tenho que ir. É um caso muito importante.
ALBERTO - Não tem confiança em mim? (colocou a mão no ombro do companheiro, em atitude de amizade).
DUDA - Não se trata disso. É que eu preciso agarrar esse homem pra salvar meu irmão da cadeia. E eu tou certo de que você não vai fazer isso. Você é filho dele.
ALBERTO - (apertou os lábios, era óbvio que lutava interiormente) Se é verdade que Ernesto Bianchinni é meu pai, eu não vou perdoar ele.
DUDA - O fato de não querer que eu vá, já me diz que você não está do nosso lado.
ALBERTO - Não admito que duvide da minha lealdade ao João!
DUDA - Quer saber de uma coisa? (estava furioso) Eu não confio em ninguém. Vou a Belo Horizonte... (gemeu penosamente ao deslocar a perna de um para outro ponto da cadeira) Essa maldita tá me incomodando pra cachorro. Posso não ir hoje... mas vou amanhã, quando estiver descansado. A viagem é longa e eu sei que hoje não aguento mais nada...
ALBERTO - Pois eu também deixo pra ir amanhã. A gente pode ir junto... quando você estiver mais descansado.
DUDA - (parou na porta. Voltou-se para o rapaz) E se eles deixarem o hospital?
ALBERTO - No estado em que estão? Estão muito feridos. Ernesto Bianchinni... muito mais do que minha mãe, segundo diz o jornal.
DUDA - Volto aqui amanhã a esta hora... se estiver melhor.
ALBERTO - Espere um pouco... uma hora mais ou menos. Se você não aparecer... vou sozinho.
Duda fitou demoradamente, com desconfiança, o interlocutor. Olhos claros e uma expressão tranquila, de bom caráter. Sorriu ao despedir-se de Alberto.
Durante um jogo, Duda fôra atingido na perna, justamente no lugar anteriormente operado por causa da bala. Sofrera nova intervenção cirúrgica e afinal recebera autorização para descansar em casa por algum tempo. Um taxi-aéreo o levara, num vôo direto, de Congonhas a Coroado.
Na tarde daquele dia Eduardo Coragem ouvira do irmão a confissão do êrro e o desenrolar dos acontecimentos que mancharam a honra do promotor e abalaram o prestígio popular que o levara à chefia administrativa e política da pequena cidade do interior mineiro. A pressão moral de Pedro Barros e o domínio que vinha exercendo sobre o jovem haviam provocado a decisão definitiva. Ou tudo ou nada. E Jerônimo preferira optar pela liberdade. Mesmo sabendo de antemão que a vingança do velho seria impiedosa. Duda ouvira atento as explicações. Achava que, passado o período crítico, o promotor voltaria à razão, ao raciocínio lógico e, consequentemente, procuraria entender a realidade. Um homem da lei jamais poderia se deixar levar pelos sentimentos. Duda não acreditava que Rodrigo se entregasse ao descontrôle. “Amanhã ele estará normal”, disse.
Agora, lá estava ele na ante-sala do gabinete. Bateu à porta e entrou, sem autorização. Ritinha estremeceu.
RITINHA - Eduardo! Nossa Senhora! Já tava aflita. Já ia lá na casa da Sinhana pra saber notícias tuas...
DUDA - Pois é... cheguei hoje (anunciou, beijando a esposa) Cheguei cedinho na casa da mãe e perguntei: Uai, mãe, cadê Ritinha? Ela me disse que você não quis ficar lá.
RITINHA - Não quis, não. Não pude. Ainda não ajeitei as coisas lá em casa.
DUDA - E eu, desde que cheguei, não vi minha filhinha.
RITINHA - Não seja por isso... Olha ela ali! (apontou com o dedo o pequeno carrinho, escondido por trás da mesa).
DUDA - (correu para o carrinho) Uai, você tá trabalhando com ela?
RITINHA - Que remédio? Mingas me deixou. Não tem podido me ajudar. Eu trago a Gabi pra cá. Ela fica quietinha...
Duda levantou a menininha do carro, embriagado de contentamento. Ritinha observava as reações do marido. E sorria diante das sucessivas expressões de espanto que modificavam a cara do rapaz.
DUDA - Nossa mãe! Como tá grande! (voltou-se para a mulher) Quero que tu volte para casa. Não sou mais jogador de futebol. Pronto. Vou lá e digo isso a eles. A gente vai viver junto e vai viver bem. Vem cá.
Tornou a deitar a criança no carrinho estofado. Obrigou a mulher a sentar-se em seu colo. Ritinha tentou reagir, encabulada.
RITINHA - Não, Eduardo, não faz isso, aqui não!
DUDA - Bobagem, que é que tem?
RITINHA - Tua perna!
DUDA - Você tá sentada em cima da outra, ora!
RITINHA - Mas... Eduardo, tem mais gente...
Os dedos dela perderam-se por entre os cabelos do marido, enquanto so lábios colavam-se num beijo demorado, ao qual Ritinha se entregou apaixonadamente. Nos olhos de Duda havia qualquer coisa de diferente, uma espécie de raiva incontida, ao terminar o beijo.
DUDA - Onde foi que você aprendeu a beijar assim?
RITINHA - Assim, como, Eduardo?
DUDA - Você nunca beijou desse jeito, Ritinha!
RITINHA - Benzinho, tava com saudade!
DUDA - Alguém andou beijando você na minha ausencia?
RITINHA - Você me ofende, Eduardo! Eu lá ia beijar alguém?
DUDA - Não vem com essa de querer bancar outra mulher pra cima de mim (falou, mais por brincadeira).
RITINHA - Outra mulher?
DUDA - Que nem a mulher do João. Ela era Lara, foi Diana, agora é Márcia. Diabo de tanta mulher numa só! Se uma já é difícil... e João aguenta tudo. Eu não aguento, não!
RITINHA - (com ingenuidade) Mas eu sou só Ritinha...
DUDA - Aquele beijo, Ritinha, que você deu há pouco... parecia que era de outra mulher!
Ritinha principiava a se zangar com a teimosia do marido. Ou tudo não passava de brincadeira?
RITINHA - Isso é porque você é que tá com vontade de beijar outra mulher!
DUDA - Me beija de novo! Eu só quero ver uma coisa, tirar uma cisma! Anda! (tornou a puxar a mulher e mais uma vez beijou-a longamente, as mãos percorrendo-lhe as formas roliças).
RITINHA - (com um trejeito) Então?
DR. MACIEL - Minha filha, eu quero que... (estacou na porta, boquiaberto com a visão, e exclamou, aborrecido) Que... que... que pouca vergonha!
Rita saltou do colo do marido, pegou a criança e encaminhou-se para a saída, por onde Maciel desaparecera, zangado.
RITINHA - Ai, meu Deus, que a bola agora é comigo! Vou ter que amansar meu pai.
Deixou correndo a sala da secretaria.
Duda coçava a cabeça, desconsolado. Pela janela assistia à corrida da mulher em busca do pai, zangado.
DUDA - Se precisar, eu falo com ele. Ah, falo! Peço permissão pra beijar minha mulher! (sorria ao sair puxando a perna).
CORTA PARA:
CENA 2 - ALDEIA DE JOÃO - EXT. - DIA.
Por um instante, Alberto D’Ávila teve um pressentimento. Mau pressentimento. Entregou o jornal a Duda que estava a seu lado, tomando banho de sol.
ALBERTO - Olha pra isto.
DUDA - Que é?
ALBERTO - Olha. Aqui... esta notícia... desastre de carro na estrada de Belo Horizonte.
Eduardo pegou da folha e leu por alto.
DUDA - Caramba! Um desastre e tanto! Mas... isso é coisa comum nas grandes estradas. Só tem louco correndo por aí.
O dedo comprido do rapazola parou em cima do registro do acidente.
ALBERTO - Você não leu direito. Um desastre... com minha mãe... tá escrito aí, não tá? Branca D’Ávila... e leia o resto.
Interessado, repentinamente, Duda ergueu o corpo a meio e leu a notícia do acontecimento.
DUDA - Branca D’Ávila e... e Ernesto Bianchinni! (de um salto explodiu numa exclamação) Eu não disse? Ernesto Bianchinni! O homem existe mesmo! E é ele... de nome trocado.
ALBERTO - (de olhos arregalados) Como?
DUDA - É o sujeito que eu vi em São Paulo! O mesmo que reconheci como sendo teu pai!
ALBERTO - Tem certeza de que o nome é esse?
DUDA - Absoluta! É muita coincidencia, você não acha? Ser justamente esse o homem que foi acidentado com sua mãe. (bateu com a mão no jornal) Taí. Não tem mais dúvida. Esse cara é teu pai. Os dois estão muito feridos. Diz aí. Foram removidos pro Pronto-Socorro de Belo Horizonte.
Movido pela necessidade de tirar tudo a limpo, Alberto tomara a decisão.
ALBERTO - (com a voz ligeiramente entrecortada) Eu vou ao Hospital de Belo Horizonte... pra ver se é verdade que esse homem é meu pai.
DUDA - (sério) Eu vou com você!
ALBERTO - Você não pode . Fez esforço demais com essa perna operada.
DUDA - (careteou, apertado a perna) É... tá me incomodando um pouco... mas eu tenho que ir. É um caso muito importante.
ALBERTO - Não tem confiança em mim? (colocou a mão no ombro do companheiro, em atitude de amizade).
DUDA - Não se trata disso. É que eu preciso agarrar esse homem pra salvar meu irmão da cadeia. E eu tou certo de que você não vai fazer isso. Você é filho dele.
ALBERTO - (apertou os lábios, era óbvio que lutava interiormente) Se é verdade que Ernesto Bianchinni é meu pai, eu não vou perdoar ele.
DUDA - O fato de não querer que eu vá, já me diz que você não está do nosso lado.
ALBERTO - Não admito que duvide da minha lealdade ao João!
DUDA - Quer saber de uma coisa? (estava furioso) Eu não confio em ninguém. Vou a Belo Horizonte... (gemeu penosamente ao deslocar a perna de um para outro ponto da cadeira) Essa maldita tá me incomodando pra cachorro. Posso não ir hoje... mas vou amanhã, quando estiver descansado. A viagem é longa e eu sei que hoje não aguento mais nada...
ALBERTO - Pois eu também deixo pra ir amanhã. A gente pode ir junto... quando você estiver mais descansado.
DUDA - (parou na porta. Voltou-se para o rapaz) E se eles deixarem o hospital?
ALBERTO - No estado em que estão? Estão muito feridos. Ernesto Bianchinni... muito mais do que minha mãe, segundo diz o jornal.
DUDA - Volto aqui amanhã a esta hora... se estiver melhor.
ALBERTO - Espere um pouco... uma hora mais ou menos. Se você não aparecer... vou sozinho.
Duda fitou demoradamente, com desconfiança, o interlocutor. Olhos claros e uma expressão tranquila, de bom caráter. Sorriu ao despedir-se de Alberto.
FIM DO CAPÍTULO 96
Ritinha e Duda se reencontram |
e no próximo capítulo...
*** Alberto encontra os pais internados num hospital em Belo Horizonte e descobre toda a farsa!
*** Branca faz chantagem emocional para que o filho guarde segredo e não conte a João que Lourenço está vivo!
NÃO PERCA O CAPÍTULO 97 DE
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